Hugo Motta encerra relações com Lindbergh Farias após tensões no Congresso. Governo e PT enfrentam dificuldades na governabilidade devido à ruptura.
O presidente do Partido Republicano (Republicanos-PB), Hugo Motta, anunciou o fim de suas relações políticas com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). A informação foi confirmada em entrevista à Folha de S.Paulo, indicando uma nova fase de deterioração no relacionamento entre o governo e o Congresso Nacional.
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Motta declarou que a interação com o líder petista será restrita a questões puramente institucionais, sem espaço para as negociações políticas que tradicionalmente visam destravar pautas de interesse do Executivo.
Motta justificou sua decisão, afirmando não ter mais interesse em manter qualquer tipo de relação com Lindbergh Farias, o principal interlocutor do partido do presidente da República na Câmara dos Deputados. A ruptura ocorre em um contexto de alta tensão, impulsionada pela aprovação do Projeto de Lei (PL) Antifacção, que endurece as leis penais.
O texto do PL Antifacção, alvo de críticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o acusou de enfraquecer o combate ao crime organizado ao reduzir competências da Polícia Federal, intensificou as tensões. Em resposta, Hugo Motta acusou o governo federal de disseminar “falsas narrativas” sobre a proposta.
Nos bastidores, aliados de Hugo Motta relatam que o descontentamento com o comportamento de Lindbergh Farias vinha se acumulando. O líder do PT é acusado pela cúpula da Câmara de elevar o tom em reuniões de líderes e de atuar de forma intransigente, agindo mais como porta-voz do Planalto do que como articulador da bancada do PT.
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A decisão de Motta de isolar Lindbergh Farias representa um obstáculo para a governabilidade. Sem um canal de diálogo aberto com a presidência da Câmara, o governo Lula pode enfrentar dificuldades adicionais para aprovar medidas provisórias e projetos estratégicos durante a reta final do ano legislativo.
A escolha de (PP-SP) — aliado do governador de — para relatar o projeto de segurança pública também foi interpretada pelo PT como uma afronta.
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