Hugo Motta busca equilíbrio no debate sobre impeachment de ministros do STF. Ministro Gilmar Mendes restringe o processo à PGR. Diálogo entre poderes é crucial
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressou nesta quinta-feira (4) a necessidade de um “ponto de equilíbrio” no debate sobre os pedidos de impeachment direcionados a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração do parlamentar surge em resposta à recente decisão do ministro Gilmar Mendes, que restringe o processo a apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) como instâncias habilitadas a iniciar um pedido de impeachment.
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Motta enfatizou a existência de um sentimento de insatisfação no Senado Federal em relação à decisão do ministro. Ele detalhou seus esforços para promover um diálogo com outros senadores, buscando um acordo que minimize as tensões no processo.
A busca por um “ponto de equilíbrio” reflete a complexidade da situação e a importância de encontrar um consenso entre os poderes.
A decisão de Gilmar Mendes altera um trecho da legislação que permitia que qualquer cidadão brasileiro apresentasse um pedido de impeachment contra um ministro do STF. Além disso, o ministro estabeleceu que a aprovação do processo pelo Senado exigirá a votação de dois terços dos senadores, em vez da maioria simples atualmente em vigor.
Essa mudança representa um fortalecimento do papel do Senado no processo.
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A situação gerou descontentamento no Senado Federal. A oposição tem defendido a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede ao Senado a competência para denunciar e analisar crimes de responsabilidade de ministros. Hugo Motta ressaltou que acredita que o Supremo Tribunal Federal e o Senado encontrarão um caminho de conciliação através do diálogo, considerando a relação do ministro Gilmar Mendes com o Congresso Nacional.
O deputado informou ter conversado pessoalmente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e por telefone com o ministro Gilmar Mendes. Ele enfatizou a importância do diálogo para evitar uma ruptura institucional, dada a prejudicialidade da situação para o país.
A decisão de Gilmar Mendes ainda precisa ser votada em plenário virtual pelo STF entre os dias 12 e 19 de dezembro.
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