Hugo Motta assumiu a presidência sem respaldo, afirma deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR)

Novos atos de vandalismo podem ocorrer na Câmara e em outras casas legislativas, sem sanções.

11/08/2025 16:15

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Hugo Motta assumiu a presidência sem respaldo, afirma deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR)
(Imagem de reprodução da internet).

O deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR) se opôs à paralisação dos trabalhos liderada pela extrema-direita na semana passada na Câmara dos Deputados. Em sua avaliação, os parlamentares bolsonaristas cometeram crimes, notadamente com a invasão da Mesa Diretora e o impedimento de que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) assumisse seu cargo. Adicionalmente, sem punição exemplar, novos casos deverão ocorrer até o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à trama golpista do 8 de janeiro.

A aplicação de sanções é necessária. Contudo, se ela ocorrer, depende do presidente Hugo Motta, que tem se mostrado, por vezes, hesitante em relação às medidas que deveriam ter sido implementadas, afirmou o parlamentar.

O presidente da Câmara encaminhou a representação de 14 deputados federais para a Corregedoria da Casa, podendo ter direcionado diretamente para a Comissão de Ética e suspenso preventivamente os parlamentares.

Se não houver nenhuma punição, acredito que Hugo Motta encerrou seu mandato. O que ocorreu não foi uma ocupação. Houve uma usurpação de forma criminosa. Marcelo Van Hatten (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC), deputados do Paraná, Paulo Bilynskyj (PL-SP) devem ser penalizados. Se isso não acontecer, a Câmara entra em um processo muito perigoso, alertou Veneri.

Em Brasília, os acontecimentos políticos indicam que a invasão da sessão plenária da Câmara pode ocorrer novamente antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Adicionalmente, parlamentares de orientação similar poderiam realizar o mesmo tipo de invasão em outros órgãos legislativos e câmaras municipais, dificultando o andamento dos trabalhos com o objetivo de influenciar o julgamento do dia 8 de janeiro.

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Fonte por: Brasil de Fato

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