Luciano Huck critica modelo de segurança pública no Rio após ocorrências letais nos complexos do Alemão e da Penha. Apresentador pede mudança estrutural e foco em oportunidades
O apresentador Luciano Huck concluiu sua apresentação do “Domingão com Huck” no último domingo (2 de novembro de 2025) com um discurso sobre a ação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, que resultou na mais letal ocorrência da história do país, concentrada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense.
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Ele expressou profunda tristeza diante da persistência de um modelo de segurança pública que, segundo ele, se repete há décadas sem apresentar resultados efetivos.
Huck lamentou a repetição do mesmo modelo de segurança pública, questionando a ausência de soluções duradouras. Ele enfatizou a necessidade de uma mudança estrutural na política de combate ao crime, com foco na presença do Estado, na oferta de oportunidades e no desenvolvimento do sentimento de pertencimento social nas comunidades.
Ele ressaltou que a situação era particularmente grave, considerando o número de vidas perdidas e a recorrência de eventos violentos.
O apresentador, que reside no Rio de Janeiro há 25 anos, criticou a continuidade de ciclos de violência e a falta de políticas públicas consistentes nas favelas. Ele destacou o sofrimento da população, mencionando as 121 mães que perderam seus filhos, e defendeu que o combate ao narcotráfico deveria ser firme, mas acompanhado de ações sociais que promovam a inclusão e o desenvolvimento das comunidades.
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Huck enfatizou a importância da coordenação entre os diferentes níveis de poder – municipal, estadual e federal – para enfrentar o problema. Ele defendeu que era preciso “sufocar a parte financeira” das organizações criminosas, além de valorizar a polícia e os policiais.
Mais importante, ele argumentou que era fundamental gerar oportunidades e perspectivas para os jovens que vivem nas periferias, oferecendo-lhes caminhos e um senso de pertencimento.
O apresentador classificou a violência urbana como a maior dor do Brasil e afirmou que aqueles que lucram com a criminalidade não estão localizados nos complexos do Alemão ou da Penha. Ele defendeu a reconstrução do sentido de pertencimento e o fortalecimento de políticas públicas que ofereçam alternativas ao crime para as novas gerações, visando um futuro onde o crime não represente uma ameaça para a sociedade.
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