CEO da empresa alerta: morosidade em dragagens causa prejuízos durante a seca.
O transporte de cargas pelo rio Paraguai pode ser interrompido em até 15 dias devido à diminuição do nível da água. Segundo o CEO da Hidrovias do Brasil, Décio Amaral, o impacto financeiro já começa antes da interrupção total das operações, com a redução no volume transportado pelas barcaças.
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“Estamos com risco de interromper as operações no Paraguai daqui a 15 dias. Em 10 dias, reduziu em 70% o nível da água”, declarou Décio Amaral durante o evento “Infraestrutura em movimento: desafios para transformar o Brasil”, organizado pelo MoveInfra.
O executivo ressaltou que o problema poderia ser evitado com maior agilidade nas dragagens, processo que consiste na remoção de sedimentos do fundo do rio para garantir a passagem das embarcações.
“O dano começa antes da gente interromper. Quando o calado cai, eu só consigo carregar 75% da barcaça, 50% da barcaça. O impacto começa muito antes da interrupção”, afirmou Amaral.
Atualmente, as dragagens são realizadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Com a concessão de hidrovias, esse processo passará a ser executado pela concessionária.
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Décio Amaral enfatizou que a demora no processo do Dnit impacta diretamente as operações, pois, após a liberação das licenças para iniciar a dragagem, o nível da água do rio já retorna a subir.
“O setor privado quer ajudar. A gente tem discutido com convênio com o Dnit, em que o setor privado poderia em situações de emergência assumir a dragagem”, disse Amaral.
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