Vice-presidente americano minimiza riscos no cessar-fogo entre Israel e Hamas após visita a Israel.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, realizou uma visita a Israel na terça-feira (21) com o objetivo de avaliar a situação no enclave de Gaza e buscar garantir a manutenção do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A missão, acompanhada pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e pelo genro do ex-presidente Trump, Jared Kushner, visa assegurar o compromisso do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu com o acordo negociado pelos EUA.
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Embora Vance expressasse otimismo em relação à continuidade do cessar-fogo, reconhecia a complexidade da situação e a necessidade de esforços constantes para mediar os desentendimentos que possam surgir. Ele enfatizou que a devolução dos reféns israelenses e o desarmamento do Hamas demandariam tempo e a implementação de estruturas de segurança e assistência humanitária.
Fontes indicam que a administração de Trump teme que Netanyahu possa tentar sabotar o acordo, o que motivou a visita de Vance para reforçar o compromisso do governo americano com a manutenção do cessar-fogo.
A visita de Vance ocorreu após Israel acusar o Hamas de realizar um ataque que resultou na morte de dois soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel respondeu com ataques aéreos que mataram dezenas de pessoas em Gaza. Funcionários dos EUA trabalharam para minimizar os impactos desses ataques e garantir que o cessar-fogo não fosse ameaçado.
A administração de Trump busca que Israel adote uma resposta proporcional às ações do Hamas, enquanto os israelenses pressionam por um desarmamento do grupo antes que as negociações avancem para a fase de reconstrução.
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Durante a visita, Steve Witkoff, o enviado dos EUA para o Oriente Médio, comunicou a Israel que a resposta do país à violência do Hamas precisa ser proporcional à violação. Ele também enfatizou que os próximos 30 dias são cruciais para a manutenção do acordo e para a entrada na segunda fase das negociações.
JD Vance, por sua vez, afirmou que a viagem “não teve nada a ver com os eventos das últimas 48 horas”, mas que o objetivo é um “esforço constante” para mediar os desentendimentos. O vice-presidente também recebeu avaliações de que Trump, tanto em privado quanto publicamente, considera que o ataque aos soldados das IDF foi parte de uma “rebelião” e que alguns membros do Hamas “ficaram muito agitados”, mas acredita que o grupo ainda está comprometido com a trégue e as negociações.
O presidente Trump, por meio de suas redes sociais, expressou que “grandes aliados” no Oriente Médio e arredores “acolheriam a oportunidade” de entrar em Gaza e “colocar o Hamas nos eixos” caso continuem a “agir mal”. Ele disse que informou a esses países “ainda não,” pois “ainda há esperança de que o Hamas faça o que é certo”.
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