Hapvida Apresenta Lucro Ajustado de R$ 337 Milhões no Terceiro Trimestre de 2025
A Hapvida (HAPV3) divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 337 milhões no terceiro trimestre de 2025, demonstrando um crescimento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa performance positiva exclui de sua análise os efeitos de eventos não recorrentes, proporcionando uma visão mais clara do desempenho operacional da empresa.
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O lucro líquido ajustado representa um aumento de 4,1% em comparação com o registrado em 2024, e é significativamente menor do que o prejuízo de R$ 71,3 milhões observado no mesmo período do ano anterior. Esse resultado positivo é atribuído, em parte, à redução do impacto de despesas relacionadas à desvalorização de ativos intangíveis e programas de remuneração e ressarcimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações) ajustado apresentou uma retração de 2,1% na comparação anual, atingindo R$ 746,4 milhões. Essa queda, porém, foi influenciada pela redução de mais de 17% no Ebitda em relação ao segundo trimestre.
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A receita líquida da companhia somou R$ 7,78 bilhões, com um crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2024.
As receitas provenientes de planos de saúde e planos odontológicos registraram aumentos de 5,5% e 6,6%, respectivamente. Contudo, os serviços médicos-hospitalares apresentaram uma retração de 6,8% no mesmo período.
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O resultado financeiro líquido da companhia foi negativo em R$ 354,5 milhões, 35,5% superior ao prejuízo de R$ 261,7 milhões registrado em 2024. Esse resultado negativo foi impulsionado pelo aumento de 45,1% nas despesas financeiras, que atingiram R$ 725,7 milhões.
A base de beneficiários da Hapvida permaneceu praticamente estável, com 8,869 milhões de clientes. O tíquete médio dos planos cresceu 6,1% para R$ 292,7 por mês. Os custos assistenciais e sinistralidade caixa, que incluem sinistros judiciais e provisões de ressarcimento ao SUS, aumentaram 8,9% para R$ 6,13 bilhões.
As provisões para o SUS dobraram, atingindo R$ 119,8 milhões.
A sinistralidade caixa da companhia cresceu 1,4 ponto percentual, para 75,2%. A Hapvida encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 4,25 bilhões, com uma alavancagem de 1 vez.
Analistas do BTG Pactual avaliaram o trimestre como fraco, destacando a alta sinistralidade e o crescimento orgânico limitado dos beneficiários, além da dinâmica de fluxo de caixa livre negativo (R$ 51,9 milhões). A contração de quase 20% no Ebitda também foi considerada um fator negativo.
O banco revisou suas projeções, prevendo um Ebitda ajustado de R$ 3,747 bilhões em 2026 e um lucro líquido ajustado de R$ 1,22 bilhão.
