As ações da Hapvida (HAPV3) apresentaram uma queda significativa na manhã de quinta-feira, 13, atingindo R$ 22,10, com uma descida superior a 32% às 10h45. Essa performance negativa está relacionada a uma série de fatores que impactaram o resultado financeiro da empresa.

O resultado líquido, considerando despesas não recorrentes, demonstrou um prejuízo de R$ 57 milhões. Apesar de menor que o saldo negativo de R$ 71,3 milhões registrado no mesmo período do ano anterior, a situação ainda é preocupante para o mercado.

Análise do Ebitda e Receitas

O Ebitda ajustado da Hapvida recuou 2,1% na comparação anual, atingindo R$ 746,4 milhões. Em relação ao segundo trimestre, a queda foi ainda mais acentuada, ultrapassando 17%. A receita líquida da companhia somou R$ 7,78 bilhões, com um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Custos Assistenciais e Beneficiários

Os custos assistenciais e sinistralidade caixa, que incluem sinistros judiciais e provisões de ressarcimento ao SUS, aumentaram 8,9% ano a ano, para R$ 6,13 bilhões. As provisões para o SUS mais que dobraram de um ano para o outro, chegando a R$ 119,8 milhões.

O número de beneficiários de planos de saúde da Hapvida permaneceu praticamente estável, em 8,869 milhões clientes, com 614 mil cancelamentos.

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Revisão de Projeções do BTG Pactual

O BTG Pactual, grupo de controle da EXAME, também apresentou resultados negativos, com uma contração de quase 20% no Ebitda em um trimestre para o outro. A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 354,5 milhões, 35,5% superior ao de R$ 261,7 milhões do ano anterior.

As despesas financeiras aumentaram 45,1% para R$ 725,7 milhões.

Novas Estimativas e Perspectivas

Diante dos resultados da Hapvida, o BTG Pactual revisou suas projeções, antecipando um Ebitda ajustado de R$ 3,747 bilhões em 2026, uma queda de 20% em relação à estimativa anterior. O lucro líquido ajustado projetado é de R$ 1,22 bilhão, uma redução em relação aos R$ 2,08 bilhões previstos anteriormente.