O Hamas anunciou, na segunda-feira (18), a aceitação de uma proposta de cessar-fogo abrangente para a Faixa de Gaza, proposta por mediadores do Egito e do Qatar. O plano contempla uma trégua de sessenta dias, com a liberação de prisioneiros israelenses mantidos em Gaza e de palestinos detidos por Israel.
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Conforme dados da agência de notícias Al Jazeera, o acordo contempla a necessidade de facilitar a entrada de assistência humanitária no território afetado e a busca por uma solução abrangente para encerrar o conflito. Segundo o veículo, o Hamas divulgou uma breve resposta sobre o assunto. “Informamos aos mediadores nossa aprovação da proposta”, declararam.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, esteve no Cairo para discutir o tema com o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi. Na segunda-feira (18), o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, visitou a passagem de Rafah, na fronteira com Gaza, acompanhado pelo primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa.
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Abdelatty enfatizou a necessidade de um acordo, diante da situação humanitária crítica em Gaza. Segundo ele, o cenário de destruição está além da compreensão. Há meses, organizações internacionais alertam para uma escalada de fome e mortes por inanição no território.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que o Hamas retornou à mesa de negociações por medo de uma iminente tomada das áreas do norte de Gaza. De acordo com ele, a presença militar na região forçou o Hamas a reconsiderar os diálogos mediados.
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O Ministério da Saúde da Palestina comunicou que mais de 60 pessoas faleceram e 344 ficaram feridas nas 24 horas compreendidas entre domingo (17) e segunda-feira (18). Diversas vítimas permanecem sob os escombros ou nas ruas, sem acesso das equipes de ambulância e Defesa Civil.
Em mesmo período, unidades hospitalares informaram 27 óbitos e 281 casos de ferimentos entre indivíduos em busca de assistência humanitária, além de cinco mortes decorrentes de desnutrição, incluindo duas crianças. A partir de outubro de 2023, mais de 62 mil pessoas faleceram e 156 mil ficaram feridas.
Fonte por: Brasil de Fato
