Grupo propõe cessar-fogo de até 5 anos para reconstruir Gaza, diz Mohammed Nazzal. Saiba mais no Poder360.
Mohammed Nazzal, alto funcionário do Hamas, declarou à Reuters que o grupo pretende manter o controle de segurança em Gaza por um período indeterminado, expressando a impossibilidade de compromisso imediato com o desarmamento. A entrevista ocorreu em Doha, no Qatar, onde uma parcela dos membros do grupo reside. Nazzal enfatizou a disposição do Hamas para um cessar-fogo com Israel, estipulando um prazo máximo de cinco anos para a reconstrução da Faixa de Gaza.
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Após esse período, as condições futuras para garantir a estabilidade dependeriam do apoio e das perspectivas oferecidas pelos Estados Unidos. Nazzal afirmou que o povo palestino almeja um Estado palestino independente, marcando o início da segunda fase das negociações, que se desenrolará em breve. A prioridade imediata, segundo o Hamas, é a reconstrução da Faixa de Gaza.
Nazzal justificou a repressão exercida pelo Hamas, que realizou execuções públicas na segunda-feira (13.out) em Gaza, argumentando que as vítimas eram criminosos responsáveis por homicídios. Ele ressaltou que, durante a guerra, houve “medidas excepcionais” necessárias para garantir a segurança. O grupo se manteve firme em sua postura, defendendo suas ações e a necessidade de medidas drásticas em tempos de conflito.
O plano proposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foi aprovado por Israel e Hamas, estabelece que o grupo deve devolver imediatamente todos os reféns antes de se comprometer com o desarmamento e a transferência da governança de Gaza a um comitê tecnocrático supervisionado por um órgão internacional de transição. A implementação do plano é vista como crucial para o futuro do grupo.
O Hamas enfrenta intensa pressão para cumprir as medidas estabelecidas, sob o risco de uma retomada do conflito. Questionado sobre a entrega de armas, Nazzal respondeu à Reuters com cautela, indicando que a resposta depende da natureza do projeto. Ele expressou dúvidas sobre a definição de “desarmamento” e a quem as armas seriam entregues, demonstrando a complexidade das negociações.
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Nazzal declarou que as discussões sobre armas abrangem não apenas o Hamas, mas também outros grupos armados da região. Além disso, o Hamas não demonstra interesse em manter os corpos restantes dos reféns mortos após os ataques de 7 de outubro de 2023, embora esteja enfrentando dificuldades para recuperar os restos mortais. Até o momento, 9 dos 28 corpos foram entregues. Uma força-tarefa conjunta com Israel, EUA, Qatar e Egito está sendo organizada para localizar os corpos restantes.
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