Hamas promete resposta à proposta de paz de Trump “em breve”
Problemas de comunicação entre líderes palestinos podem estar atrasando resposta oficial dos EUA à proposta.

Alto Funcionário do Hamas Anuncia Resposta ao Plano de Paz de Trump
Um alto funcionário do Hamas declarou à CNN, na sexta-feira (3), que o grupo palestino responderá “em breve” ao plano de paz proposto pelo governo Trump para Gaza. A declaração ocorre em um momento de intensa negociação e considerável atraso na obtenção de uma resposta oficial do Hamas.
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Segundo informações de autoridades americanas, dificuldades de comunicação entre os líderes do grupo palestino em Gaza estão impactando o processo. Problemas de comunicação, combinados com divergências internas sobre os elementos do plano, estão prolongando o tempo necessário para que o Hamas forneça sua resposta formal.
A comunicação entre líderes políticos do Hamas, sediados no Catar, e seus colegas militares em Gaza, onde o serviço de telecomunicações é instável, sempre representou um desafio. Em negociações anteriores, levou dias ou semanas para que os mediadores recebessem uma resposta dos líderes militares do grupo, que se acredita estarem abrigados em instalações subterrâneas.
Nesta semana, o presidente Donald Trump indicou que daria ao Hamas três ou quatro dias para responder ao seu plano de paz de 20 pontos. No entanto, discussões entre autoridades americanas e catarianas revelaram que a questão da comunicação, aliada ao desejo do Hamas de analisar a proposta, pode dificultar o cumprimento desse cronograma.
Trump conversou com o emir do Catar na quarta-feira (1º), e autoridades americanas têm mantido contato constante com representantes do Catar e do Egito, que atuam como mediadores com o Hamas. Após essa conversa, foi decidido conceder ao grupo mais alguns dias para apresentar sua resposta, até domingo às 18h (horário de Brasília) – o que equivale a 1h de segunda-feira em Gaza.
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Apesar dos desafios de comunicação, o Hamas expressou preocupações sobre certos aspectos do plano, que parecem violar algumas de suas principais linhas vermelhas previamente estabelecidas. Entre os pontos de discordância estão a exigência de desarmamento e destruição de armas pelo grupo, bem como a formação de uma força de paz em Gaza. A divisão interna sobre quais elementos do plano aceitar e quais modificar continua sendo um fator crucial na demora da resposta.