Haiti Alcança o Mundo, Mas Obstáculo Persiste

A classificação do Haiti para a Copa do Mundo, celebrada como um marco histórico, revela um problema crônico enfrentado pelo país. Apesar de estar qualificado para o torneio, a nação continua sob uma restrição severa: a proibição de entrada nos Estados Unidos.

Essa situação se repete em outros países. O Irã também enfrenta a mesma barreira, embora os jogadores possam competir devido a uma exceção no decreto que permite a participação de atletas em grandes eventos esportivos. No entanto, essa exceção não se estende a torcedores, familiares ou jornalistas que almejavam acompanhar a campanha do país.

Se o Haiti disputar partidas nos Estados Unidos, a equipe estará isolada do apoio de sua comunidade. Para evitar controvérsias, o país pode optar por jogar preferencialmente no Canadá ou no México. Essa decisão visa minimizar o impacto da restrição na capacidade da equipe de receber suporte.

A proibição de entrada já tem afetado o futebol haitiano nos últimos anos. Em 2023, vários jogadores do Violette AC tiveram seus vistos negados para enfrentar o Austin FC na Liga dos Campeões da Concacaf. O clube precisou completar o elenco com atletas amadores, mesmo em um torneio oficial.

Um ano antes, o Cavaly desistiu da mesma competição por não conseguir permissão de entrada para enfrentar o New England Revolution. O endurecimento das políticas migratórias ocorreu durante a campanha presidencial de 2024, apesar das negações.

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As alegações de ameaça à segurança nacional, utilizadas no decreto que impôs a restrição, contribuíram para um ambiente de hostilidade e fortaleceram o argumento de que a proibição é uma medida de proteção.