Haddad solicita que os EUA não empreguem a economia como instrumento de guerra ideológica

O ministro da Fazenda afirmou que a intenção do governo brasileiro é conscientizar a administração de Donald Trump, que implementou uma taxa de 50% sobr…

2 min de leitura

DF - COLETIVA/MJ OPERAÇÃO CRIME ORGANIZADO - POLÍTICA - Foto, ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesta quinta (28) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, concedem coletiva de imprensa, para detalhar duas operações Quasar e Tank da Polícia Federal que visam combater a atuação do crime organizado no setor de combustíveis. 28/08/2025 - Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um apelo para que os Estados Unidos não utilizem a economia “como mecanismo de guerra ideológica” contra o Brasil, em um momento de crescentes tensões diplomáticas entre os dois países. A declaração de Haddad sublinha a preocupação do governo brasileiro com a instrumentalização de medidas econômicas em disputas de cunho político. “Todo o objetivo do governo brasileiro tem sido esse de sensibilizar as autoridades americanas para não confundir as coisas, né? E nem usar a economia – ou seja, o dólar, a tarifa, seja o que for – como mecanismo de guerra ideológica”, afirmou Haddad.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A declaração do ministro condiz com a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que publicou um artigo no jornal The New York Times, no domingo (14), discutindo a imposição de tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. Lula considerou as taxas como “não apenas equivocadas, mas também ilógicas” e “infundadas” economicamente, justificando sua origem por interesses políticos da Casa Branca. De acordo com o presidente, as medidas buscam proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, tem intensificado as ameaças de sanções ao Brasil, alegando perseguição política contra Bolsonaro. Na segunda-feira (15), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que seu governo tomará novas medidas contra o Brasil em decorrência da condenação do ex-presidente. Rubio criticou a decisão do STF como um “acontecimento sombrio” e “mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial”, sem mencionar nomes, mas fazendo referência a “juízes ativistas” e “reivindicações extraterritoriais”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lula, em seu artigo, defendeu a decisão histórica do STF, afirmando que ela protege as instituições e o Estado democrático de direito, e que o julgamento foi conduzido de acordo com a Constituição. Ele também rebateu outras acusações de Washington, como a de que a regulação das redes sociais no Brasil visa censurar a liberdade de expressão, classificando o argumento como “desonesto” e destacando a busca por proteção contra fraudes, desinformação e discurso de ódio.

Ademais, Lula defendeu o Pix, que é objeto de investigação comercial daUSTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), e as políticas ambientais brasileiras. As tensões resultaram em medidas como a revogação de vistos de ministros do STF e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos processos contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Fonte por: Jovem Pan

Sair da versão mobile