Haddad propõe 5 prioridades para financiar projetos verdes e reforma de bancos multilaterais
Ministro da Fazenda defende reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento para aumentar a agilidade das instituições.

Financiamento Verde: Novas Prioridades Apresentadas pelo Ministro Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou nesta segunda-feira (13.out.2025) as cinco prioridades para impulsionar o financiamento verde. Ele anunciou a conclusão do relatório com as principais recomendações, visando atrair recursos para países em desenvolvimento. A apresentação ocorreu durante a cerimônia de abertura da pré-COP, em Brasília.
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A COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025) está programada para ser realizada em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro de 2025, com expectativa de reunir cerca de 50.000 participantes de todo o mundo.
Recomendações para Ampliar o Financiamento Verde
Haddad coordenou o Círculo de Ministros de Finanças, criado para explorar como o sistema econômico pode se tornar um motor da transformação ecológica. Ele informou ter recebido mais de 1.200 contribuições de países e instituições, que foram utilizadas para elaborar o relatório com as principais recomendações para a economia verde.
As Cinco Prioridades Apresentadas
- Aumentar os fluxos de financiamento concessional e os fundos climáticos, garantindo previsibilidade e condições adequadas, sobretudo para adaptação e transição justa.
- Reformar os bancos multilaterais de desenvolvimento, tornando-os mais ágeis, integrados e aptos a catalisar capital privado.
- Fortalecer as capacidades domésticas e as plataformas de país, ampliando a coordenação institucional e a atratividade de investimentos sustentáveis.
- Promover inovação financeira e mobilizar o setor privado, com instrumentos que reduzam riscos e multipliquem o impacto dos recursos disponíveis.
- Aprimorar os marcos regulatórios do financiamento climático, garantindo integridade, interoperabilidade e transparência — e fortalecendo a confiança no sistema.
Participação e Grupos de Trabalho
Segundo Haddad, bancos multilaterais, sociedade civil, setor privado e organismos internacionais têm participado de discussões desde abril. O trabalho foi organizado em três grupos:
- Grupo Consultivo de Especialistas – responsável por orientar tecnicamente o desenho de instrumentos financeiros.
- Grupo de Engajamento do Setor Privado – que buscou alinhar estratégias de investimento aos compromissos climáticos.
- Grupo de Consulta da Sociedade Civil – que assegurou a inclusão de diferentes perspectivas na governança do financiamento climático.
Iniciativas para a COP30
A agenda de ação da COP30 terá três iniciativas estratégicas:
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- Fundo Florestas Tropicais para Sempre – propõe um modelo de financiamento baseado em investimento, não apenas em doações.
- Coalização Aberta para Integração dos Mercados de Carbono – criado para harmonização e interoperabilidade dos mercados regulados.
- Supertaxonomia – dar comparabilidade e integridade entre taxonomias nacionais, orientando investimentos sustentáveis.
Próximos Passos
Haddad afirmou que essas iniciativas traduzem, de forma prática, o que o Círculo tem defendido: cooperação, inovação e escala para transformar ambição em resultados concretos. O relatório final será apresentado nesta semana em Washington, durante os Encontos Anuais do Banco Mundial e do FMI. Em seguida, o relatório e a Agenda de Ação serão amplamente debatidos em São Paulo no começo de novembro.