Ministro avalia que corte de R$ 7 bilhões em emendas é subestimado e alerta para graves consequências.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou em entrevista à GloboNews que alcançou a meta fiscal em 2024, e que pretende continuar a fazê-lo nos anos subsequentes. Haddad criticou a tentativa do Congresso de interferir nas contas públicas, especialmente em vista das eleições de 2026, argumentando que essa postura é “arcaica” e não condiz com a realidade do Brasil.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Haddad ressaltou que a estimativa de R$ 7 bilhões de corte nas emendas parlamentares é considerada subestimada. Ele enfatizou que a efetividade da meta fiscal depende da existência de instrumentos adequados para sua implementação. O ministro solicitou ao Congresso que exerça ordem e organização na economia, reconhecendo o direito do Legislativo de rejeitar medidas, mas apontando que as discussões estavam sendo influenciadas por considerações eleitorais.
O ministro expressou o desejo de que a Câmara dos Deputados votasse o projeto de lei que combate o devedor contumaz, embora não dependa dessa aprovação para prosseguir com suas tarefas. Ele destacou a importância de que a lei seja votada em caráter definitivo, após oito anos de tramitação.
Haddad mencionou que a Receita Federal está combatendo a adulteração de combustíveis e que ele criou um núcleo de combate ao crime organizado, que será transformado em uma delegacia da Receita Federal. O ministro afirmou que o Brasil é um dos poucos países que tolera a sonegação de impostos.
O ministro da Fazenda afirmou que o governo está removendo “privilégios insustentáveis”, o que tem gerado resultados mais consistentes do ponto de vista econômico. Ele fez uma comparação com a situação da Argentina, onde o presidente Javier Milei, recebeu uma motosserra para realizar um ajuste fiscal, mas a economia do país está desorganizada. Haddad ressaltou que o governo brasileiro está utilizando uma chave de fenda, em vez de uma serra elétrica, para apertar os parafusos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Haddad indicou que será necessário revisar temas que o Congresso não quis opinar ou rejeitar, como os supersalários, a aposentadoria dos militares e os fundos constitucionais. O ministro enfatizou que o governo tem o poder de mandar, mas o Congresso pode não apreciar ou rejeitar essas propostas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.