Haddad critica: Isenção de IR e anistia são “loucura”, diz Paulinho
Paulinho da Força propõe condicionar votações sobre penas na trama golpista

Ministro Haddad Manifesta Preocupação com Vinculação entre Projetos na Câmara
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua preocupação com a tentativa de ligar a aprovação do projeto de lei que concede isenção do Imposto de Renda com o projeto de anistia – também conhecido como PL da Dosimetria – que tramita na Câmara dos Deputados. Haddad classificou essa associação como “loucura”, enfatizando que as duas propostas possuem naturezas distintas e não deveriam ser relacionadas.
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O relator do projeto de anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), havia sugerido que a não aprovação do projeto de isenção do IR poderia comprometer o andamento da isenção do IR, gerando polêmica e sendo desmentida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Projeto de Isenção do IR e a Busca por Equilíbrio Fiscal
O projeto de isenção do Imposto de Renda, que está em análise na Câmara desde o início do ano, é uma prioridade do governo federal. Ele visa ampliar a isenção para quem recebe até R$ 5.000 mensais, além de oferecer descontos para aqueles que ganham entre R$ 5.001 e R$ 7.350.
Para compensar a perda de arrecadação, o Palácio do Planalto pretende aumentar a carga tributária sobre quem ganha R$ 50 mil mensais ou mais. O governo defende que essa medida promove justiça social e tributária, ao redistribuir a carga fiscal de forma mais equitativa.
Divergências e Desafios Políticos
O projeto de anistia, na visão do governo, é uma pauta ideológica, sem relação direta com “a justiça social”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está determinado a aprovar a isenção do IR ainda este ano, considerando seus potenciais impactos eleitorais, além da necessidade de atualização da tabela.
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A polêmica em torno da vinculação dos projetos na Câmara dos Deputados ressalta os desafios enfrentados pelo governo, cada vez mais distante do Centrão, na busca por apoio político. A expectativa é que a medida traga alívio fiscal para uma parcela significativa da população, ao mesmo tempo em que busca equilibrar as contas públicas através do aumento da carga tributária sobre os mais ricos.