O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão de reservar 50% das vagas nas universidades públicas como uma “reforma agrária” no ensino superior brasileiro. Essa declaração foi feita durante um encontro com alunos da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), ocorrido em São Bernardo do Campo (SP), no sábado (18).
Expansão do Acesso ao Ensino Superior
Haddad ressaltou o programa de expansão das universidades públicas implementado durante os primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva, destacando a importância das políticas de cotas sociais e raciais. Ele enfatizou que, mesmo dobrando o número de vagas, ainda haveria um grande número de estudantes excluídos. As ações implementadas entre 2007 e 2010 foram consideradas cruciais para essa inclusão.
Reserva de Vagas e Justiça Social
O ministro explicou que a reserva de 50% das vagas para alunos de escolas públicas representa uma distribuição justa de oportunidades, evitando que alunos de instituições particulares se beneficiassem em detrimento daqueles de escolas públicas. Haddad alertou que a falta de conhecimento histórico pode levar a decisões equivocadas.
Políticas Educacionais e Conquistas
Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu os desafios que o Brasil ainda enfrenta na área da educação, mas defendeu a valorização das “conquistas” alcançadas, como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e as políticas voltadas para as universidades públicas. Ministros como Camilo Santana, Luiz Marinho e Paulo Teixeira também estavam presentes no evento.
Apoio a Cursinhos Populares
A Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP) foi criada pelo Ministério da Educação para fornecer apoio financeiro a cursos pré-vestibulares populares e comunitários, com foco no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O evento teve como objetivo anunciar um investimento de R$ 108 milhões em um edital de apoio a até 500 cursinhos em 2026.