Ministro Haddad anuncia meta de US$ 10 bilhões para Fundo Tropical das Florestas na COP30. Brasil busca atrair investimentos para proteger florestas tropicais.
O ministro da Fazenda, Haddad, afirmou nesta segunda-feira (3) que o Brasil estabeleceu como meta a captação de US$ 10 bilhões em investimentos públicos dos países para o Fundo Tropical das Florestas (TFFF). O mecanismo visa à proteção de florestas tropicais, com países que preservarem suas florestas sendo recompensados financeiramente através do fundo de investimento global.
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Segundo Haddad, essa meta deve ser alcançada até o final do próximo ano, durante a presidência do Brasil no G20.
O ministro destacou que o valor seria proveniente de recursos destinados por governos, podendo aumentar com a adesão de outras entidades, como fundações, fundos e empresas. “Se o primeiro ano concluir com US$ 10 bilhões de recursos públicos, seria um grande feito”, declarou Haddad a jornalistas, após participar de reuniões do evento COP30 Business & Finance Forum, promovido pela Bloomberg Philanthropies, em São Paulo.
Haddad complementou que, para atingir os US$ 10 bilhões, seria necessário que alguns países do G20 aderissem, visando remunerar nações que mantêm florestas tropicais, especialmente aquelas com dificuldades financeiras. O TFFF, nesse contexto, serviria de suporte a essa iniciativa.
O ministro admitiu que a meta é “ambiciosa”, mas considerada possível. “Acredito que nós vamos chegar lá”, afirmou. Ele expressou otimismo com a aprovação da proposta.
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Haddad avaliou que o TFF é uma das ideias mais promissoras, destacando que a coalizão do mercado de carbono exigiria grande esforço para se concretizar. O objetivo final do governo é que o fundo alcance US$ 125 bilhões, com 20% (US$ 25 bilhões) provenientes de países soberanos e 80% (US$ 100 bilhões) de capital privado.
Em entrevista, o ministro informou que, na primeira rodada de negociações em São Paulo, houve “sinais concretos” de que algumas ideias podem ser implementadas. Ele ressaltou que as reuniões com investidores e financiadores indicam disposição para que a COP30 seja um marco. “Pelo que ouvi hoje dos investidores e dos financiadores, há uma disposição maior para colocar esse trem para andar mais rápido”, afirmou.
Haddad enfatizou que o Brasil lidera um debate importante sobre sustentabilidade, tanto na COP quanto no G20, onde o país entregou um relatório para a COP. “O Brasil quis fazer dessa COP uma COP pragmática e propositiva”, concluiu.
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