Haddad anuncia delegacia da Receita contra crime organizado no SP
Ministério analisa denúncias após Operação Spare expõe esquema em combustíveis paulista

Operação Spare: Nova Delegacia da Receita Federal Combate Crimes Financeiros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de uma delegacia especializada no combate a crimes contra o sistema financeiro. A medida surge em resposta à Operação Spare, conduzida em parceria com a Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo, que investiga uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro por meio de postos de combustíveis e fintechs, além de exploração de jogos de azar.
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Detalhes da Operação e Alvos
A nova delegacia, vinculada à Receita Federal, terá um foco específico no aprofundamento de investigações desse tipo. A operação Spare, deflagrada em 5 de outubro, envolveu o cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em cidades como São Paulo, Santo André, Barueri e Osasco, com a participação de cerca de 64 servidores da Receita Federal e 28 do Ministério Público de São Paulo (MP), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Escopo da Investigação e Impacto Financeiro
A investigação revelou uma extensa rede de postos de combustíveis, com mais de 267 postos ativos, que movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024. Apesar desse volume significativo, a arrecadação de tributos federais foi de apenas R$ 4,5 milhões, representando apenas 0,1% do total movimentado. Além disso, a organização também operava lojas de franquias, motéis e empreendimentos na construção civil, ampliando ainda mais o seu alcance e a complexidade da investigação.
Legado e Estratégia de Combate
Haddad enfatizou que a criação da delegacia é um legado importante para o futuro da Fazenda, independentemente de governos. A iniciativa visa estruturar de forma independente o combate a crimes financeiros, que frequentemente envolvem a lavagem de dinheiro, utilizando atividades aparentemente legítimas para ocultar operações ilícitas. Essa estratégia, segundo o ministro, afeta a concorrência, a vida do consumidor, o fisco, os programas sociais e o Orçamento Federal, exigindo uma abordagem especializada e estruturada.
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