Em Belém, no dia 12 de novembro de 2025, a Cúpula dos Povos teve início com manifestações e debates. O secretário-geral da Presidência, Guilherme Boulos, foi alvo de críticas de movimentos sociais presentes no evento.
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Manifestantes acusaram Boulos de defender projetos do governo do presidente (PT), como a exploração de petróleo na Amazônia e a privatização de rios como Tapajó, Madeiras e Tocantins, além do avanço da mineração, liderada por Helder Barbalho.
Eles cobraram coerência do governo.
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Um dos participantes, Eduardo Rodrigues, estudante de geografia e militante do Diretório Central de Estudantes do Instituto Federal do Pará (27 anos), argumentou que a fala de Boulos não abordou os problemas reais enfrentados pelo país e pela Amazônia.
“Estamos aqui para cobrar o governo e é com luta que a gente muda”, afirmou Rodrigues ao Poder360.
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Críticas e Demandas
Os manifestantes gritaram frases como “Fernando Haddad é o Paulo Guedes do PT”, portando bandeiras da Palestina, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de outros movimentos sociais.
Eles também criticaram a falta de representatividade dentro da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) e pediram propostas oficiais baseadas em saberes ancestrais para enfrentar a crise climática.
Contexto da Cúpula dos Povos
A Cúpula dos Povos, organizada para reunir 10.000 pessoas (indígenas, quilombolas, ribeirinhos e movimentos sociais) em Belém, também se localiza próxima à sede da COP30, que começou em 10 de novembro de 2025 e vai até o 21 de novembro.
A Cúpula dos Povos está situada na Universidade Federal do Pará e está a 8 km do espaço oficial da COP30.
Rituais e Cultura Local
Durante a abertura da Cúpula dos Povos, houve apresentação de música e dança do Carimbó, uma manifestação cultural brasileira que mistura elementos afro-indígenas. O Carimbó surgiu no século XVII, durante o período colonial, e era originalmente uma celebração de pescadores e agricultores após colheitas e pescas abundantes.
O ritmo tem como base o tambor artesanal “curimbó”, que deu origem ao nome da dança.
