Guilherme Boulos defende fim da escala 6×1 e 2 dias de descanso semanal. Governo busca tramitação rápida no Congresso com metas e apoio do movimento VAT.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, declarou que a manutenção da escala de trabalho 6×1 é inaceitável. Ele defende que o governo busque a forma mais rápida de assegurar pelo menos dois dias de descanso semanal aos trabalhadores.
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Essa declaração ocorreu em um momento de movimentação na Câmara dos Deputados, visando iniciar o debate sobre o fim da jornada atual na próxima semana.
A Câmara dos Deputados avançou com a pauta, permitindo o cumprimento do intervalo regimental necessário para iniciar o debate. O presidente da Comissão de Trabalho, deputado Leo Prates (PDT-BA), tem como objetivo levar o parecer à discussão na quarta-feira (18).
O governo busca uma tramitação rápida, com três pontos considerados fundamentais.
Segundo Boulos, o governo avalia a possibilidade de implementar a mudança por meio de um projeto de lei, como alternativa mais ágil em comparação com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). O governo já possui consenso interno sobre as seguintes diretrizes: Fim da escala 6×1, com adoção do modelo 5×2; Redução da carga semanal para até 40 horas; Implementação sem redução salarial.
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Boulos destacou o papel do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL), que ganhou destaque em 2024 e ampliou o alcance da pauta. Ele ressaltou que a luta pela redução da jornada é histórica, com o VAT levando essa discussão ao grande público.
Durante o encontro, o ministro também abordou outros temas legislativos e a agenda do governo. Houve críticas à decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar o PL da Dosimetria na madrugada. Além disso, o ministro reafirmou a intenção de cumprir todo o mandato de Lula como ministro e mencionou que sua esposa será candidata a deputada federal.
O governo se posicionou contra a privatização dos Correios e afirmou que o Congresso “usurpa” o orçamento. Também foi anunciado o lançamento oficial do modelo de orçamento popular em janeiro. Um grupo de trabalho será criado para discutir entregadores e motoristas de aplicativo, com atividades que durarão 60 dias e participação do relator Augusto Coutinho (Republicanos-PE).
O programa Governo do Brasil na Rua iniciará neste sábado no Sol Nascente (DF) e visitará 30 cidades até junho de 2026, levando serviços federais como a Carreta Reforma Casa Brasil, Carreta Lilás e ações do MEC. Com articulação política em andamento e apoio do Planalto, o governo aposta em uma tramitação acelerada para mudar a jornada de trabalho e garantir “descanso mínimo digno e condições mais justas” aos trabalhadores.
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