Grupo carioca que vendia por apps de outros, lança app próprio e mira em 30% das vendas até 2024.
Em meio à intensa competição no mercado de delivery, dominado por gigantes como iFood e Rappi, um grupo carioca ousou trilhar um caminho diferente. O Grupo Rão, que começou com um pequeno restaurante de sushi, transformou-se em uma foodtech de destaque, impulsionada por tecnologia própria e um profundo conhecimento do consumidor. A história do Rão é um exemplo de como a resiliência, a inovação e o foco no cliente podem superar desafios e construir um império.
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A estratégia do grupo, que começou com a criação do aplicativo Mundo Rão, rapidamente se mostrou eficaz. Em pouco tempo, o aplicativo ultrapassou 800 mil pedidos, reuniu 87 mil usuários ativos e respondeu por 20% de todos os pedidos da marca, com algumas lojas chegando a 40%. Essa ascensão foi resultado de um modelo de negócio inteligente, que priorizava o relacionamento direto com o consumidor e a utilização de tecnologia própria.
O plano ambicioso do Grupo Rão é atingir 30% de participação no mercado até 2026, reduzindo a dependência das plataformas de terceiros. Essa meta ousada é sustentada por um modelo de operação otimizado, que minimiza os custos com marketplaces e maximiza a margem de lucro.
Em 2021, o Grupo Rão deu um passo crucial ao se tornar uma foodtech, investindo em inteligência artificial, BI (Business Intelligence) e logística própria. Essa transformação foi fundamental para garantir a sustentabilidade do negócio e a capacidade de competir com os grandes players do mercado.
“Nossos custos com marketplaces passam de R$ 1 milhão por mês. Com o app, a infraestrutura custa R$ 10 mil. Essa diferença impacta diretamente nossa margem e sustentabilidade”, explica Henrique Lemos, fundador do grupo. Essa mudança estratégica permitiu que o Rão controlasse seus custos e otimizasse sua operação, garantindo sua independência e competitividade.
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Antes de se tornar uma foodtech, o Rão já operava sem salão, em cozinhas dedicadas apenas à entrega. Essa operação enxuta, conhecida como “caverna”, foi um dos diferenciais do grupo. O modelo, somado ao apelo digital, permitiu que a marca crescesse rapidamente.
A transformação do Rão em um superapp, que reunirá novos verticais de negócios — food, pet e fitness — é o próximo passo na jornada da empresa. O objetivo é criar um ecossistema completo, que atenda às necessidades dos clientes e fortaleça a marca.
“Não quero brigar com o iFood. Só não quero ser escravo dele”, diz Lemos. “Os marketplaces são uma porta de entrada, mas o cliente precisa continuar comigo.”
O Grupo Rão não é apenas uma empresa de delivery. É uma foodtech de dados, que utiliza informações para entender o comportamento dos clientes, otimizar a operação e tomar decisões estratégicas. O BI próprio do grupo atualiza dados a cada 10 minutos, cruzando informações de venda, operação, fidelização e comportamento de consumo.
“Enquanto as franqueadoras tradicionais dependem de terceiros, nós temos os dados nas mãos. Isso nos dá poder para ensinar, ajustar e crescer”, diz Lemos. A empresa utiliza esses dados para fidelizar os clientes, oferecendo benefícios exclusivos no aplicativo próprio, com preços mais baixos e um ticket médio maior.
O futuro do Grupo Rão é promissor, com um modelo de negócio inovador, uma equipe talentosa e um propósito claro: unir o Rio de Janeiro em torno de uma experiência gastronômica de alta qualidade. A história do Rão é um exemplo inspirador de como a paixão, a perseverança e a tecnologia podem transformar sonhos em realidade.
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