Grupo de bancos negocia R$ 12 bilhões para Correios; Tesouro Nacional atua como avalista. Financiamento busca reequilibrar contas da estatal com 136% de juros.
Um grupo de cinco bancos está considerando um empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios. A estatal aguarda o envio da documentação, com a conclusão prevista para o final da semana de 12 de outubro. A análise da proposta será feita pelo Tesouro Nacional, que atuará como avalista na operação.
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Os bancos Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander estão envolvidos na negociação.
Os Correios enfrentam um déficit de R$ 6,05 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2024. O prejuízo total desde 2022 alcança R$ 10 bilhões. A busca por recursos visa reequilibrar as contas da empresa.
As negociações ganharam impulso com a entrada da Caixa Econômica Federal no grupo de instituições dispostas a emprestar os recursos. Inicialmente, o Tesouro reprovou um empréstimo de R$ 20 bilhões, devido a juros de 136% sobre o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), considerados acima do teto de 120% estabelecido pelo Comitê de Garantias do Tesouro.
Com o financiamento, os Correios pretendem quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, pagar fornecedores em atraso, financiar um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e realizar investimentos para recuperar espaço no mercado de encomendas, além de explorar novas fontes de receita.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a negociação está avançada e que há possibilidade de o governo fazer um aporte na estatal, desde que um acordo seja alcançado com o grupo de bancos financiadores. O governo busca soluções para manter os serviços essenciais da estatal, sem a necessidade de privatização, agregando novos serviços como produtos financeiros e seguros.
Para alcançar o lucro em 2027, os Correios precisam de uma reestruturação que envolve um ajuste de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões em seu orçamento anual, por meio de cortes de gastos e aumento de receitas. A empresa pretende reduzir custos com o PDV, que afetará 15 mil funcionários, conforme divulgado pelo Estadão, e adiar a contratação de aprovados em concurso de 2024, com a data de início prevista para 2027.
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