Grupo busca reconhecimento de prejuízos da ditadura aos descendentes

Discussão será realizada em tempo real na sexta-feira (15), às 14h.

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(Imagem de reprodução da internet).

O exílio, a clandestinidade, as prisões arbitrárias do período da ditadura perpetuam por gerações, filhos e netos também carregam a marca da repressão. É o que afirma o Coletivo Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça que realiza nesta sexta-feira (15), das 14h às 18h, a 1ª Audiência Pública Nacional Pedido de Anistia Coletivo – Danos e Efeitos Transgeracionais de forma virtual.

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Visa-se discutir os impactos do terrorismo de Estado perpetrado durante o regime militar (1964-1984), bem como mobilizar esforços para garantir o reconhecimento legal e histórico dos descendentes, filhos e netos de vítimas da repressão política. O evento conta com a parceria do Conselho Nacional de Direitos Humanos e da Cidadania (CNDH) e será transmitido no canal do YouTube do colegiado.

Serão apresentados relatos sobre os efeitos diretos e indiretos da violência estatal, incluindo exílio, prisão arbitrária, tortura, execução e clandestinidade, evidenciando como esses impactos se estendem por diferentes gerações. A reunião contará com profissionais da área de Direito e Saúde Mental, parlamentares, integrantes do coletivo e familiares de vítimas da repressão.

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Segundo Felipe Loff, membro do Movimento, os impactos nos descendentes das vítimas vão muito além da memória histórica. “O primeiro grande efeito transgeracional que a gente identifica é um silenciamento na família. Muitas vezes, a violência sofrida é escondida, principalmente pelas netas e netos. Todos sabem, mas não se fala, e isso gera isolamento social”, explica. Ele também ressalta que esses efeitos incluem dificuldades de estabilidade, desenvolvimento profissional e relacionamentos pessoais: “Causa uma série de impactos, não apenas psíquicos, isso é bastante perceptível muitas vezes”, destaca. A audiência pública nacional é consequência do pedido de anistia coletiva, elaborado ao longo desses dois anos e protocolado em março deste ano pelo defensor público federal Bruno Arruda, que também é coordenador do Observatório Nacional sobre o Direito à Memória, à Verdade e à Justiça de Transição da Defensoria Pública da União (DPU).

Esta audiência do CNDH representa um momento histórico porque é a primeira vez que estamos discutindo nacionalmente os efeitos da ditadura que atravessaram gerações. O CNDH, como órgão autônomo que tem como finalidade promover e defender os direitos humanos mediante ações preventivas, protetivas e reparadoras, e sua Relatoria de Memória e Verdade está construindo subsídios técnicos para fortalecer esse pedido coletivo. O pedido de anistia coletiva se baseia n Pedido de Anistia Coletiva – Danos e Efeitos Transgeracionais

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15 de agosto (sexta-feira), das 14h às 18h

Transmissão ao vivo no canal do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos Humanos

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Fonte por: Brasil de Fato

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