O governo dos Estados Unidos anunciou a suspensão de tarifas adicionais de 40% sobre uma variedade de produtos agrícolas brasileiros. Essa decisão, tomada em 20 de novembro de 2025, afetou itens como carne bovina, café, frutas tropicais, suco de laranja, castanha de caju e especiarias.
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A medida foi implementada pelo então presidente Donald Trump, com base na Seção da Lei de Expansão Comercial de 1962.
A suspensão das tarifas representa um volume de US$ 15,7 bilhões em exportações, correspondendo a 37,1% das vendas brasileiras aos Estados Unidos em 2024. Anteriormente, 32,7% das exportações brasileiras estavam sujeitas a uma tarifa de 50%, que incluía uma tarifa recíproca de 10% e uma sobretaxa de 40%.
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A situação das exportações brasileiras aos EUA, em relação às tarifas, pode ser resumida da seguinte forma: isentas da sobretaxa de 40% – 37,1% das exportações (US$ 15,7 bilhões); sujeitas à tarifa recíproca de 10% – 7,0% das exportações (US$ 2,9 bilhões); sujeitas à tarifa adicional de 40% – 3,8% das exportações (US$ 1,6 bilhão); sujeitas à tarifa cheia de 50% (tarifa recíproca de 10% + sobretaxa de 40%) – 32,7% das exportações (US$ 13,8 bilhões); tarifa setorial de 50% sobre aço e alumínio – 11,9% das exportações (US$ 5,0 bilhões).
Além da suspensão geral das tarifas, houve isenções específicas, como a isenção da sobretaxa de 40% sobre itens de aviação civil – 7,5% das exportações (US$ 3,2 bilhões). Trump também implementou um decreto em julho com uma lista de exceções.
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A decisão do governo norte-americano foi motivada, em parte, por reclamações de consumidores americanos sobre o aumento dos preços de alimentos, como bananas e carne moída. A taxa de aprovação de Trump, conforme mostrada em uma pesquisa da Reuters/Ipsos, caiu para 38% devido à insatisfação com o custo de vida.
O presidente do Brasil, Ricardo Alban, da (CNI), afirmou que as mudanças aumentam a competitividade dos produtos brasileiros e indicam disposição dos EUA para em negociações que incluam pautas industriais. “Setores muito relevantes, como máquinas e equipamentos, móveis e calçados, que tinham os EUA como principais clientes externos, ainda não entraram na lista de exceções.
O aumento das isenções é um sinal muito positivo de que temos espaço para remover as barreiras para outros produtos industriais. Esse é nosso foco agora”, declara.
