O governo federal, por meio de um novo decreto, busca modernizar o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O objetivo principal é estabelecer um teto de 3,6% nas taxas cobradas de restaurantes, mercados e outros estabelecimentos comerciais que utilizam vale-refeição ou alimentação.
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A iniciativa visa reduzir custos para esses estabelecimentos.
Analistas, como Felippe Serigati do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV (FGV Agro), apontam que a medida não deve impactar significativamente os preços dos alimentos. Serigati ressalta que outros fatores, como o dólar, quebras de safra e custos logísticos, exercem maior influência sobre o preço dos alimentos.
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Tendências de Preços e Inflação
A inflação dos alimentos já demonstra desaceleração, especialmente desde o segundo semestre. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,09% em outubro, após registrar 0,48% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dentro do IPCA, o grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador, ficou praticamente estável, com uma variação de 0,01%. Essa foi a primeira alta desde maio.
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Variações nos Preços no Domicílio e Fora do Domicílio
A alimentação no domicílio apresentou queda de 0,16%, com destaque para a redução de arroz (-2,49%) e leite longa vida (-1,88%), enquanto a batata-inglesa subiu 8,56% e o óleo de soja aumentou 4,64%. A alimentação fora do domicílio acelerou, passando de 0,11% em setembro para 0,46% em outubro.
Análise de Celso Toledo e Impacto Potencial
Celso Toledo, diretor da E2+, empresa de consultoria econômica, estima que o mercado de vale-refeição seja de R$ 170 bilhões. Se a taxa de desconto cair 2,5 pontos percentuais, os estabelecimentos poderiam ganhar R$ 4,25 bilhões.
Ele ressalta que, mesmo que o benefício demore a aparecer ou seja modesto, qualquer medida que aumente a competição é benéfica.
