Secretaria tece projeção: Dívida do governo federal deve atingir 79,54% do PIB em 2025. Déficit primário sobe para R$ 70,64 bilhões, mas arrecadação segue forte
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projetou que a dívida bruta do governo federal encerrará o ano de 2025 em 79,54% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa meta representa uma retração em relação ao ano anterior, impulsionada pelo crescimento do PIB e pela desaceleração da inflação, fatores que contribuíram para o alívio nas contas públicas.
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Apesar desse cenário positivo, o Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (13.nov.2025) aponta para um aumento no déficit primário, estimado em R$ 70,64 bilhões para o ano.
O aumento do déficit primário, superior ao projetado em setembro (R$ 69 bilhões), é atribuído principalmente aos gastos obrigatórios e à menor arrecadação proveniente de transferências. Segundo a SPE, o principal desafio reside nesses fatores, e não no desempenho da arrecadação total da União.
A SPE ressalta que a arrecadação federal continua forte, superando as expectativas e registrando um recorde em setembro.
A sustentação das receitas, impulsionada pelo crescimento econômico, compensa os impactos negativos e auxilia na manutenção do equilíbrio das contas no curto prazo. A SPE destaca que a arrecadação extraordinária tem sido fundamental para evitar uma deterioração mais acentuada dos resultados fiscais.
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O cenário fiscal permanece dependente do ritmo da atividade econômica e do controle inflacionário, que se mantêm favoráveis no período.
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, enfatizou que o resultado fiscal, mesmo sob pressão de gastos extras e precatórios, permanece alinhado com a meta de déficit primário. “O governo entregou e vai entregar novamente um déficit público dentro da meta.
Mesmo somando precatórios e despesas fora da conta, o resultado primário brasileiro será algo próximo de zero — pode ser 0,5%, 0,6%, 0,4%, mas sempre próximo de zero”, declarou. O controle de gastos, segundo Mello, é um fator crucial para o ajuste fiscal.
O ajuste fiscal é considerado uma condição fundamental para ancorar as expectativas, reduzir o custo da dívida e manter o Brasil em uma rota sustentável. A SPE indicou que as despesas federais, como proporção do PIB, devem ficar levemente abaixo dos 19%, o menor nível em quatro anos.
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