Projeto de lei prevê aumento de R$ 279 bilhões em gastos sociais, incluindo Bolsa Família e BPC, gerando preocupação no mercado financeiro.
Em 2026, a previsão do projeto de lei orçamentária indica um aumento significativo nas despesas com programas sociais do governo. Estima-se um gasto de R$ 158 bilhões com o Bolsa Família e R$ 122 bilhões com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.
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Essas projeções representam as maiores preocupações dos analistas para o próximo ano.
A questão das eleições gerais influencia diretamente o governo federal e o Congresso Nacional. Especialistas observam uma tendência de menor foco em temas impopulares e um aumento na inflação de políticas sociais, o que pode favorecer os partidos já estabelecidos.
Murilo Viana, economista em contas públicas, ressaltou que essa dinâmica ocorre devido à influência das eleições.
O aumento das despesas sociais apresenta desafios para o cumprimento da meta fiscal de 2026, que estabelece um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, a situação orçamentária brasileira, onde 92% dos gastos federais são obrigatórios, corre o risco de se tornar ainda mais rígida.
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O governo Lula tem buscado aumentar a arrecadação para compensar o aumento das despesas, mas especialistas apontam que essa estratégia é limitada.
Economistas e membros do governo expressam preocupação com o crescimento do BPC. Jefferson Bittencourt, ex-secretário do Tesouro Nacional, destaca que o BPC passou de um orçamento abaixo de R$ 100 bilhões em 2023 para mais de R$ 120 bilhões atualmente.
A correção orçamentária do BPC é considerada uma questão mais complexa e urgente, devido à sua natureza obrigatória.
Com a impossibilidade de aumentar a arrecadação e a falta de viabilidade política para cortar gastos, o mercado financeiro teme uma alteração da meta fiscal. Essa mudança pode levar a uma desaceleração econômica, dificultando a aprovação de medidas de aumento de arrecadação.
A gestão federal estabelece um limite para o aumento de gastos entre anos, e o crescimento desordenado das despesas previdenciárias e sociais reduz a fatia destinada a investimentos, que impulsionam a atividade econômica.
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