Governo lança nova política habitacional com foco na poupança, diz ministro
Banco Central redefine destinação de depósitos compulsórios, liberando recursos para financiar novas moradias.

Novo Crédito Habitacional para Classe Média em Lançamento
O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou na terça-feira (7) que o governo federal lançará na próxima sexta-feira (10) uma nova política habitacional voltada à ampliação do crédito para a classe média. A principal medida prevê a redefinição da destinação dos depósitos compulsórios da poupança, liberando parte dos recursos atualmente retidos pelo Banco Central para financiar moradias.
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O evento de lançamento será realizado em São Paulo e contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Atualmente, o Banco Central exige que os bancos mantenham 20% dos depósitos de poupança recolhidos como compulsório, o que restringe o volume de crédito disponível. A proposta discutida pelo governo é reduzir esse percentual e direcionar 80% do montante liberado exclusivamente para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Os 20% restantes seriam aplicados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
Segundo Jader Filho, a medida busca reverter a retração no crédito imobiliário, agravada pela saída de recursos da poupança e pelas altas taxas de juros. “Hoje, famílias de classe média encontram juros entre 19% e 22% ao ano, o que torna o financiamento praticamente inviável”, disse o ministro, durante audiência pública no Senado.
O ministro afirmou que o tema vem sendo tratado desde o fim de 2023, em diálogo com o Banco Central, diante da preocupação com a escassez de recursos para o setor. “Se nós não mudarmos essa lógica, parte da população ficará privada da possibilidade de comprar sua casa. A poupança sempre foi o principal instrumento de financiamento habitacional do País, e precisamos restabelecer esse papel”, afirmou.
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O governo estima que a nova política possa ampliar em até R$ 150 bilhões o crédito habitacional até 2026, estimulando a construção civil e a geração de empregos. Jader ressaltou que, sem essa recomposição, o país pode enfrentar retração no setor e impacto negativo sobre o PIB.
Com informações do Estadão Contído
Publicado por Nícolas Robert