Governo Federal lança estratégia para combater desperdício de alimentos no Brasil, em parceria com Embrapa e órgãos governamentais. Inicia-se ODS 2, 12 e 13.
A questão do desperdício de alimentos deixou de ser um problema restrito à produção e se tornou uma preocupação estratégica para o Brasil. Uma nova Estratégia Intersetorial, lançada pelo Governo Federal em colaboração com a Embrapa e outros órgãos governamentais, estabelece metas e compromissos concretos visando a transformação do sistema alimentar nacional.
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Essa iniciativa se conecta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em particular o ODS 2, que busca erradicar a fome, o ODS 12, focado no consumo e produção responsáveis, e o ODS 13, que promove ações de combate à crise climática.
O varejo, especialmente em setores como FLV (4,73%), padaria e confeitaria (4,62%) e rotisseria (3,66%), concentra grande parte das perdas antes de chegar ao consumidor. A “Pesquisa de Eficiência Operacional 2025” da ABRAS ajuda a quantificar esse desafio.
A gestão de alimentos frescos continua sendo um ponto crítico, e a aplicação de inteligência artificial (IA) surge como uma solução promissora.
A IA permite que o varejo compreenda o comportamento da demanda, antecipe variações sazonais e ajuste o sortimento com precisão. Ao analisar dados históricos de vendas, consumo local e logística, a tecnologia calcula o pedido ideal para cada loja, reduzindo desperdícios e evitando rupturas.
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Em operações que implementaram esse modelo preditivo, foram alcançadas reduções de até 25% nas perdas e de 30% nas rupturas.
Essa transformação vai além da operação. O uso de IA na gestão de perecíveis coloca o varejista em linha com a agenda de sustentabilidade global e com as expectativas do consumidor moderno, que busca informações sobre a origem e o impacto dos alimentos.
A redução do desperdício implica em menor emissão de gases, menor consumo de água e energia, e maior alinhamento com os compromissos climáticos. Essa abordagem representa uma nova forma de fazer negócios, baseada na previsibilidade, na inteligência e no propósito.
O hortifruti, historicamente associado a perdas e riscos operacionais, passa a ser visto como um elemento estratégico nas discussões sobre eficiência e sustentabilidade. Ao entender a sazonalidade da banana madura e do tomate fresco, o varejista compreende um sistema alimentar mais resiliente, com margens mais saudáveis e um planeta que não pode mais se dar ao luxo de desperdiçar recursos.
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