Governo da Bulgária renuncia após protestos contra políticas econômicas e corrupção. Manifestantes pedem adesão à zona do euro e eleições livres.
O governo da Bulgária renunciou em resposta a semanas de manifestações populares contra suas políticas econômicas e preocupações com a corrupção. Os protestos foram liderados por jovens profissionais urbanos que defendem a adesão do país à zona do euro e uma maior integração na União Europeia.
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A Bulgária permanece como um dos países mais pobres da União Europeia, com altos índices de corrupção, desde que aderiu à UE em 2007.
O primeiro-ministro Rosen Zhelyazkov anunciou sua renúncia em um pronunciamento televisivo na quinta-feira (11). A decisão ocorreu antes de uma votação no Parlamento sobre uma moção de censura. A renúncia se deu pouco antes da data prevista para a entrada da Bulgária na zona do euro, em 1º de janeiro.
Zhelyazkov afirmou que a decisão foi tomada após uma análise da situação, desafios enfrentados e responsabilidade. Ele considerou o protesto como uma reação à “arrogância e presunção”, e não como um movimento social, mas sim como uma expressão de valores.
Ele enfatizou que a questão central era sobre atitudes, unindo diferentes segmentos da sociedade búlgara.
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Asen Vassilev, líder do partido de oposição Continue a Mudança – Bulgária Democrática, que apresentou a moção de censura, avaliou a renúncia como um primeiro passo para que a Bulgária se torne um país “europeu normal”. Vassilev defendeu a realização de eleições justas e livres, não marcadas por manipulação eleitoral, como ocorreu nas últimas eleições parlamentares.
O presidente Rumen Radev solicitará agora aos partidos representados no Parlamento que tentem formar um novo governo. Caso não seja possível, ele nomeará uma administração interina para governar o país até que novas eleições possam ser realizadas.
Boyko Borissov, líder do partido de centro-direita GERB, defendeu suas ações, incluindo a entrada da Bulgária na zona Schengen da União Europeia e a conclusão dos preparativos para a adesão ao euro. Ele afirmou que o partido se tornará uma força de oposição e trabalhará para vencer as próximas eleições.
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