Fundo busca US$ 100 bilhões de investidores privados e US$ 25 bilhões de nações para preservar florestas. Saiba mais no Poder360.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almeja que países anunciem aportes significativos no TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre) durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém (PA) em novembro de 2025. O objetivo central é reunir US$ 125 bilhões, com 20% provenientes de países soberanos e 80% de capital privado.
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A estratégia do governo é que o fundo financie a conservação das florestas tropicais, remunerando os países que se destacarem na preservação. O modelo prevê que os investidores privados contribuam com US$ 100 bilhões, atraídos por ativos seguros e com taxas de retorno de mercado. O sucesso dessa iniciativa é crucial para a agenda verde global do Brasil.
Atualmente, o Brasil é o único país que anunciou o aporte no fundo. Diversos outros países, como Colômbia, Gana, República Democrática do Congo, Indonésia, Malásia, Alemanha, Noruega, Reino Unido, França e Estados Unidos, participaram ativamente da discussão dos conceitos do TFFF. O Banco Mundial também está envolvido, atuando como agente fiduciário e administrador inicial do fundo.
O funcionamento do TFFF será baseado em monitoramento por satélite, com padronização internacional e dados públicos acessíveis, garantindo transparência e eficiência. O objetivo é incentivar a demanda por títulos de dívida sustentável, como “green bonds” e “blue bonds”, complementando o mercado de carbono.
Os países que investirem no TFFF receberão seus pagamentos proporcionalmente à área de floresta tropical conservada, enquanto o capital investido retorna aos investidores com rendimento. O Banco Mundial desempenhará um papel fundamental na gestão dos recursos e nos pagamentos elegíveis, utilizando imagens de satélite para verificar a cobertura florestal.
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O subsecretário de Assuntos Econômicos e Fiscais do Ministério da Fazenda, João Paulo de Resende, destacou que o TFFF busca replicar o modelo do Fundo Amazônia, mas com limitações. Uma dessas limitações é a dependência de doações de governos, o que pode afetar a estabilidade do fundo. Além disso, o modelo exige que os países mantenham suas florestas em pé, zerem o desmatamento ou reduzam drasticamente o desmatamento para ter acesso aos recursos.
O governo espera que o TFFF seja um divisor de águas na economia verde brasileira, alinhando a agenda internacional, o retorno financeiro e a preservação ambiental. No entanto, o sucesso dependerá da captação dos recursos prometidos, da implementação dos mecanismos de monitoramento e da capacidade de converter a conservação em um instrumento de desenvolvimento sustentável para as comunidades locais.
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