Penhora de Salários para Cobrir Dívidas Estudantis nos EUA
O governo dos Estados Unidos planeja iniciar, em 2026, a penhora de salários para cobrar dívidas estudantis de mutuários inadimplentes. A iniciativa será conduzida pelo Departamento de Educação e afetará trabalhadores que não realizam pagamentos do empréstimo há mais de um ano, conforme informações da Bloomberg.
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Os primeiros avisos de penhora salarial serão enviados na semana de 7 de janeiro de 2026 a cerca de 1 mil mutuários. A expectativa é que esse número aumente gradualmente nos meses seguintes, à medida que a cobrança seja ampliada para outros devedores em situação semelhante.
Atualmente, o montante total de dívidas estudantis ultrapassa US$ 1,6 trilhão.
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Dados oficiais indicam que aproximadamente 5 milhões de estudantes já estão inadimplentes. Uma análise do American Enterprise Institute sugere que outros 6 milhões podem entrar nessa condição ao longo do próximo ano, caso não haja mudanças significativas nos programas de pagamento.
Mudanças em programas de alívio podem elevar a inadimplência. A retomada mais rigorosa das cobranças ocorre em paralelo a alterações previstas nas políticas federais de alívio da dívida estudantil. Propostas incluídas na legislação conhecida como “One Big Beautiful Bill”, defendida pelo presidente Donald Trump, preveem o fim de programas de pagamento baseados na renda para novos mutuários.
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Em maio deste ano, o governo já havia retomado a cobrança de empréstimos estudantis em atraso, desde o início da pandemia. A medida impactou milhões de pessoas que ainda possuem dívidas educacionais, reacendendo preocupações sobre o peso desses compromissos no orçamento familiar.
População de baixa renda deve ser a mais afetada. Conforme noticiado pela Bloomberg, a penhora salarial tende a afetar de forma mais intensa grupos economicamente vulneráveis. Um relatório de 2024 do Pew Research Center mostra que famílias de menor renda têm quase três vezes mais chance de inadimplência em empréstimos estudantis do que aquelas com rendimentos mais altos.
Entre beneficiários de programas de assistência pública, a probabilidade de atraso nos pagamentos é quase o dobro.
