Governo argentino emissão de título de dívida em dólares em operação histórica

Governo argentino emite título de dívida em dólar para evitar esgotamento de reservas. Operação captou US$ 1,42 bi e visa cobrir compromissos de 2026.

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo argentino realizou na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a emissão de um novo título de dívida em dólares, com vencimento previsto para 30 de novembro de 2029. A operação captou recursos no mercado de capitais.

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A iniciativa foi divulgada pela Secretaria do Tesouro, e seu objetivo principal é cobrir parte dos compromissos de dívida previstos para o início de 2026. A emissão representa a primeira operação de dívida em moeda estrangeira no mercado de capitais desde 2018.

Detalhes da Emissão

O ministro da Economia, Luis Caputo, havia antecipado a operação na sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, em declarações ao canal A24. O título possui um prazo de quatro anos, com vencimento em novembro de 2029, e uma taxa de juros anual de 6,5%. A demanda do mercado foi expressiva, recebendo 2.693 ofertas que totalizaram US$ 1,42 bilhão em valor nominal.

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Preço de Corte e Rendimento

O Tesouro argentino estabeleceu um preço de corte de US$ 910 para cada US$ 1.000 do montante, o que corresponde a um rendimento anualizado de 9,26%. Devido à alta demanda, a Secretaria de Finanças aplicou um fator de rateio de 40,95% entre os interessados.

Valor Captado e Características do Título

O valor efetivo captado foi de US$ 910 milhões, considerando o desconto aplicado sobre o valor nominal total. O título, conhecido como AN29 e apelidado de Bonar, pagará juros semestrais de 6,5% ao ano e será regido pela legislação argentina.

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Posição das Reservas e Perspectivas

As reservas brutas argentinas giram em torno de US$ 41,883 bilhões, segundo dados do banco central. No entanto, especialistas alertam que esse número não reflete a disponibilidade real de divisas para cobrir vencimentos de dívida, sustentar o câmbio e lidar com instabilidades financeiras.

A medida visa evitar o esgotamento das reservas internacionais.

A recuperação dos mercados argentinos, impulsionada pela expansão do partido La Libertad Avanza no Congresso, contribui para a implementação de estratégias financeiras do governo.

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