Governo mira fim da escala 6×1 em 2026 e constrói pressão na oposição, com apoio popular e influência de Bolsonaro.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência avaliou que o Congresso Nacional possui força suficiente para aprovar o fim da escala 6×1 no primeiro semestre de 2026. Em entrevista na quinta-feira, 12 de dezembro de 2025, o ministro citou o posicionamento do senador Cleitinho (Republicanos-MG), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como exemplo de apoio à mudança. “Vocês devem ter visto o senador Cleitinho defendendo o fim da 6×1 na tribuna do Senado essa semana”, afirmou o ministro.
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O governo considera o posicionamento do bolsonarista como um indicativo de que a pauta transcende divisões ideológicas e cria um constrangimento para a oposição. O ministro destacou que a popularidade da proposta, com apoio de quase 70% da população brasileira, conforme levantamento Datafolha, incluindo 59,4% de pessoas alinhadas à direita, é um fator determinante.
O governo estabeleceu três exigências inegociáveis para qualquer projeto sobre o tema: escala máxima de 5×2 (5 dias de trabalho e 2 de folga); redução da jornada semanal para no máximo 40 horas; e implementação das medidas sem redução salarial para os trabalhadores.
O ministro enfatizou que a agilidade na tramitação é crucial, buscando o caminho mais rápido dentro desses parâmetros.
O ministro comparou a velocidade com que a Câmara aprovou a dosimetria, defendendo que o fim da escala 6×1 também pode ser votado rapidamente. “Sendo possível em 2026, excelente. (…) Conseguiram aprovar a dosimetria em duas horas? Se quiser, se quiser, se aprova o fim da escala 6 X 1 no semestre”, afirmou.
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Para o ministro, a popularidade da proposta cria um constrangimento para congressistas que se posicionam contra. “Na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, debati com a Confederação Nacional do Comércio e a Confederação Nacional da Indústria sobre o fim da escala 6 X 1.
Nenhum bolsonarista apareceu na comissão. Sabe por quê? Porque para eles é extremamente constrangedor, com o seu próprio eleitorado, ser contra o fim da escala 6×1”, afirmou.
O ministro citou pesquisas de opinião para reforçar o argumento. “É pressão popular que muda o jogo”, disse o ministro.
“Os trabalhadores brasileiros têm urgência de acabar com a escala 6×1 e o presidente Lula é sensível a essa urgência”, afirmou o ministro.
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