Governo alerta: Intervenção na Venezuela pode ‘incendiar’ América do Sul

Celso Amorim critica ataques americanos no Caribe sem provas contra traficantes.

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(Imagem de reprodução da internet).

Intervenção dos EUA na Venezuela “Pode Incendiar a América do Sul”, Alerta Celso Amorim

O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, expressou preocupação com a possibilidade de uma intervenção dos Estados Unidos para depor o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertando que isso “pode incendiar a América do Sul”.

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Em entrevista à AFP, Amorim enfatizou que o Brasil não aceitaria tal ação, considerando-a uma “ameaça de intervenção externa” e uma “consequência muito profunda na região”.

Tensão nas Relações Brasil-EUA e a Questão da Intervenção

As relações entre Brasil e Estados Unidos se intensificaram após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a imposição de sanções por parte de Washington. Amorim ressaltou que o Brasil se opõe a qualquer forma de intervenção, seja armada ou através de serviços de inteligência, argumentando que essa abordagem “não é o caminho” e pode gerar “um ressentimento imenso” e consequências graves, como a criação de um grande número de refugiados e a radicalização da política na região.

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Diálogo e Busca por Pontos de Encontro

Em resposta a perguntas sobre a possível aproximação entre os dois países, Amorim atribuiu a situação ao “bom senso” de ambas as partes, enfatizando a necessidade de um diálogo para buscar pontos de encontro, especialmente na parte econômica e comercial.

Ele ressaltou que o presidente Lula não dará lições a Donald Trump e espera o mesmo em contrapartida.

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Negociações Comerciais e Minerais Críticos

Durante a entrevista, Amorim abordou as negociações comerciais, mencionando a importância de setores como a carne e o café, mas também a necessidade de discutir máquinas e motores. Ele enfatizou que as negociações seriam práticas e sem condicionamentos políticos ou ideológicos.

Além disso, o assessor indicou que a questão dos minerais críticos, incluindo as terras raras, também seria abordada, com o Brasil buscando oportunidades de investimento e beneficiamento.

Prioridades e Abordagem Pragmática

Amorim destacou que as negociações comerciais seriam focadas em setores que foram afetados pelas tarifas, sem precondições. Ele ressaltou a importância de um diálogo pragmático e de buscar soluções que beneficiassem o Brasil, indicando que a questão dos minerais críticos seria um ponto importante nas discussões.

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