Gonet acusa núcleo 4 do “golpe” de radicalizar a população, pedindo condenação

Promotor Gonet pede condenação do núcleo do “golpe” por radicalização da população | Poder Judiciário

14/10/2025 11:22

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Gonet acusa núcleo 4 do “golpe” de radicalizar a população, pedindo condenação
(Imagem de reprodução da internet).

Tentativa de Golpe de Estado: Procurador-Geral Aponta Núcleo 4 no Tentativo de 8 de Janeiro

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, apresentou acusações contra membros do núcleo 4, envolvidos na tentativa de golpe de Estado em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça julga a participação dos sete réus em sessão na 3ª feira (14.out.2025).

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Gonet considerou que o grupo agiu de forma coordenada, utilizando a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para concentrar a produção e a disseminação de informações falsas, com o objetivo de minar a confiança nas instituições. A acusação visa a condenação dos envolvidos nos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

O Ministério Público Federal (MP) destaca que a condenação dos réus do núcleo 1 tornou “incontroversa a materialidade” da estratégia de ruptura institucional liderada por Bolsonaro. A atuação do grupo, segundo a acusação, foi crucial para a elaboração e disseminação de narrativas falsas contra o processo eleitoral, os poderes constitucionais e as autoridades representadas.

A acusação detalha o uso de ferramentas da ABIN, sob a coordenação do então diretor-geral Alexandre Ramagem, também réu no processo. O policial federal Marcelo Bormevet e o militar Giancarlo Rodrigues foram identificados como peças-chave na operação, utilizando o programa de espionagem FirstMile para monitorar adversários políticos do ex-presidente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto, orientou o grupo a realizar campanhas ofensivas contra comandantes militares contrários ao golpe, rotulando-os como “traidores da pátria” e “alinhados ao comunismo”. A PGR afirma que o impacto das ações foi confirmado judicialmente pelas vítimas dos ataques, que resistiram à pressão até a transição democrática do poder.

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Além disso, a PGR atribui ao Instituto Voto Legal (IVL), liderado por Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, a produção de um relatório “enviesado e manipulado” para sustentar alegações infundadas de fraude nas urnas eletrônicas. O documento, encomendado pelo Partido Liberal (PL), teria sido utilizado para reforçar a tese de que o sistema eletrônico de votação era inseguro.

A investigação revela uma coordenação entre os membros do núcleo 4, que disseminavam informações falsas em massa, incluindo por meio de listas de transmissão em aplicativos de mensagens, com o objetivo de enfraquecer a confiança nas instituições e angariar apoio popular à ruptura institucional.

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