Golpes em Aluguéis de Temporada: Desconfie da Pressa!

Golpes em aluguéis de temporada: pressa é armação de criminosos! 🚨 Cuidado com anúncios falsos, preços abaixo do mercado e pagamentos fora da plataforma. Advogado alerta para riscos e dá dicas de prevenção. #golpes #alugueltemporada #viagem

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(Imagem de reprodução da internet).

Golpes em Aluguéis de Temporada: A Pressa Como Arma dos Criminosos

A popularização do aluguel de casas de temporada trouxe conveniência, variedade e preços atrativos. No entanto, essa crescente demanda também atraiu golpistas que exploram a pressa das viagens, a urgência nas reservas e a confiança nas plataformas digitais para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas.

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As fraudes em aluguéis de casas se tornaram um desafio significativo, especialmente devido ao uso de estratégias persuasivas e gatilhos emocionais que enganam até mesmo usuários experientes, que muitas vezes não percebem o risco até efetuar o pagamento.

“O crime digital evoluiu. A engenharia social se combina com anúncios falsos, perfis clonados e pagamentos fora do ambiente seguro da plataforma. É o golpe perfeito para quem está distraído”, alerta o advogado Murilo Rebouças Aranha, especialista em Direito Médico e Empresarial da FAV Advogados.

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Ele enfatiza que os golpes frequentemente seguem um padrão: anúncios copiados de imóveis reais, preços abaixo da média, perfis recém-criados e insistência para pagamento via Pix — sempre fora da plataforma.

“O criminoso cria um senso de urgência, fazendo o consumidor acreditar que está diante de uma oportunidade única e que, se não pagar imediatamente, vai perder o imóvel para ‘outros interessados’”, adverte o advogado.

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Sinais de Alerta para o Viajante

Apesar da maior frequência de fraudes, muitos golpes podem ser identificados com cuidados básicos. Fotos excessivamente profissionais, endereços que não correspondem à descrição, perfis sem avaliações e descontos exagerados são indícios de alerta. “Se o preço está significativamente abaixo da média da região, a chance de ser um golpe é maior do que a de ser uma promoção”, ressalta o advogado.

Outro ponto crítico é a insistência para migrar a conversa para o WhatsApp ou para realizar o pagamento diretamente. “Golpistas sempre tentam tirar o consumidor da plataforma oficial, pois ali não há mecanismos de segurança, reembolso ou rastreamento”, explica Murilo Rebouças Aranha.

Precauções Práticas sem Paranoia

O advogado reforça que não é preciso desconfiar de tudo para viajar com segurança. “É como revisar o carro antes de pegar estrada”, compara Murilo Rebouças Aranha. “São medidas simples e rápidas que evitam prejuízos grandes e dores de cabeça.”

Contrato: Deveres Legais e Proteção

A formalização de um contrato ainda gera resistência em muitos consumidores, mas o advogado é categórico: é essencial, mesmo em locações de curta duração. “O contrato cria responsabilidade civil e penal, estabelece regras claras e facilita qualquer reparação de dano”, explica.

Ele recomenda que o documento inclua os dados completos do locador e do locatário, o endereço do imóvel, datas de entrada e saída, valores, condições de cancelamento, matrícula do imóvel e multas em caso de descumprimento. “Não é garantia absoluta, mas é a diferença entre ter um respaldo jurídico ou ficar completamente desamparado”, afirma.

O Que Fazer em Caso de Fraude?

Se o consumidor perceber que caiu em um golpe — descobrindo que o imóvel não existe, que o proprietário é falso ou que as informações não batem — a reação deve ser imediata. Murilo Rebouças Aranha recomenda guardar todas as provas, registrar boletim de ocorrência, notificar a plataforma e tentar bloquear o pagamento junto ao banco ou cartão. “Quanto mais rápido você agir, maiores as chances de reverter o pagamento ou responsabilizar o golpista.

E, muitas vezes, também a plataforma”, destaca.

Plataformas também podem ser responsabilizadas pelos danos, em determinados cenários. Isso ocorre porque, quando atuam como intermediárias ativas, cobrando taxas, validando anúncios ou gerenciando reservas, elas têm responsabilidade por falhas no ambiente digital. “A jurisprudência tem sido firme: se o golpe acontece dentro da plataforma, e se não houve mecanismos mínimos de segurança, ela responde”, explica o advogado.

O principal alerta é simples: a pressa é o combustível perfeito para o golpe. “O consumidor precisa desacelerar um pouco. Verificar informações, comparar preços, desconfiar quando algo foge do padrão”, conclui Murilo Rebouças Aranha.

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