Tentativa de Golpe Fracassada no Benim
O ministro do Interior e Segurança Pública do Benim, Alassane Seidou, anunciou neste domingo (7) que a tentativa de golpe de Estado por parte de um grupo de militares no país foi frustrada. “Na madrugada de domingo, 7 de dezembro de 2025, um pequeno grupo de soldados se amotinou com o objetivo de desestabilizar o Estado e suas instituições.
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Diante desta situação, o povo beninense e seus líderes, fiéis ao seu juramento, mantiveram seu compromisso com a República”, afirmou Seidou em uma breve mensagem transmitida pela emissora de televisão pública.
“Sua resposta permitiu-lhes manter o controle da situação e frustrar a tentativa”, garantiu o ministro. “Portanto, o governo convida a população a continuar com suas atividades normalmente”, acrescentou Seidou, sem fornecer mais detalhes.
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Reação do Governo e da População
Após o anúncio do ministro, uma fonte próxima ao Exército beninense, que solicitou anonimato, disse à Agência EFE que as forças leais ao presidente Patrice Talon recuperaram o controle, além de ter garantido que o chefe de Estado estava a salvo.
No entanto, essa fonte não forneceu detalhes sobre o paradeiro do presidente nem sobre a magnitude exata dos confrontos que supostamente ocorreram na capital.
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Reações Internacionais
A embaixada da França assinalou que “foram relatados disparos em Camp Guezo, perto da residência do presidente da República”. “Por motivos de segurança, convidamos vocês a permanecerem em seus domicílios até novo aviso, enquanto a situação se esclarece por completo”, acrescentou a legação francesa em uma mensagem dirigida aos seus nacionais.
A embaixada dos Estados Unidos indicou que está “monitorando os relatos de tiroteios em Cotonou, bem como os dados não confirmados de um golpe de Estado por parte de militares”.
Contexto Político e Econômico
O Benim tem previsto realizar eleições presidenciais em abril de 2026. O ministro da Economia e Finanças do Benim, Romuald Wadagni, foi designado candidato presidencial para o pleito pela coalizão governista de Talon, de 67 anos e que não concorrerá à reeleição ao esgotar os dois mandatos de cinco anos previstos pela Constituição.
Dois dos principais adversários do chefe de Estado, Joël Aivo e Reckya Madougou, continuam presos após serem condenados a 10 e 20 anos de prisão, respectivamente, no final de 2021.
