Goldman rebaixa Bradesco e Santander: ‘ROE próximo do pico’

Itaú ajusta estratégias no setor e define novos preços; banco é apontado como ‘buy’ por analistas.

14/10/2025 11:50

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Goldman rebaixa Bradesco e Santander: ‘ROE próximo do pico’
(Imagem de reprodução da internet).

Bradesco e Santander sob Atenção: Goldman Sachs Ajusta Recomendações na Bolsa

À medida que se aproxima a temporada de divulgação de resultados, o Goldman Sachs tem intensificado sua análise sobre o desempenho dos grandes bancos brasileiros, impactando diretamente o mercado financeiro. A instituição revisou suas recomendações, gerando movimentos significativos nas ações do Bradesco e do Santander.

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Em um relatório recente, a equipe liderada por Tito Labarta elevou a recomendação para o Bradesco, alterando-a de venda para neutra. Simultaneamente, o Goldman rebaixou o Santander para ‘sell’, indicando uma visão negativa sobre o potencial de retorno da instituição.

Os analistas do Goldman Sachs apontam que o Retorno sobre Patrimônio (ROE) do Bradesco atingiu seu pico no primeiro trimestre de 2025, e a projeção é que o nível seja retomado apenas em >

2027. A equipe destaca que a carteira de crédito permaneceu estável no segundo trimestre de 2025 e deverá apresentar um crescimento inferior ao do Bradesco e do Itaú no terceiro trimestre.

O Goldman Sachs apresenta uma projeção de lucro inferior ao mercado para os próximos dois anos, com previsão de um crescimento mais lento nas linhas de crédito de maior rentabilidade, além de um aumento nas provisões e pressão sobre a margem líquida. As ações do Santander registraram uma queda de 1,66% por volta das 11h10, sendo uma das maiores baixas do Ibovespa, enquanto as ações do Bradesco lideraram as altas do índice, com BBDC4 subindo 1,36% e BBDC3, 1,31%.

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A trajetória de rentabilidade do Bradesco surpreendeu o Goldman Sachs, que observou uma geração de capital melhor que o esperado ao longo de 2025, com o ROE em um ritmo gradual de recuperação. O ROE do banco saiu do piso de 9,6% em 2023 e deve fechar este ano em 14,6%, o que contribui para reduzir a diferença em relação ao Santander.

A estratégia do Bradesco de concentrar a originação em linhas com garantias públicas, como o Pronampe e o PEAC-FGI, e a redução da carteira renegociada (que atualmente representa 4% do total) também são vistas como fatores positivos pelos analistas. O preço-justo estimado para os próximos 12 meses é de R$ 17, o que se alinha com a cotação de fechamento de ontem.

O Itaú Unibanco continua sendo o destaque do setor, com um ROE significativamente superior aos de seus pares, projetado em 24% para este ano. Essa combinação justifica a recomendação de compra, apesar de um prêmio de valuation em relação aos demais bancos.

O preço-alvo de R$ 43 do Itaú embute um múltiplo de 9,1 vezes o lucro, em contraste com 6,2 vezes para o Bradesco e 6 vezes para o Santander. O Goldman Sachs prevê um terceiro trimestre desafiador para o Banco do Brasil, devido à concentração de pagamentos da carteira rural, onde se encontram os maiores problemas do banco. A recomendação permanece ‘neutra’, considerando que os riscos estão precificados com a queda do BB no ano e o papel negociando a 0,6 vezes seu valor patrimonial.

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