GlobalBuildingAtlas: Novo Mapa 3D Revoluciona a Compreensão da Urbanização

Cientistas lançaram o GlobalBuildingAtlas, um mapa tridimensional inédito que digitaliza 2,75 bilhões de edifícios em todo o mundo. A pesquisa, publicada em 1º de dezembro no periódico Earth System Science Data (ESSD), foi liderada pela especialista em Ciências de Dados, Xiaoxiang Zhu, com a colaboração da Universidade Técnica de Munique (TUM) na Alemanha.

O mapa utiliza imagens de satélite coletadas em 2019 e representa um avanço significativo em relação a mapas anteriores, que identificavam cerca de 1,7 bilhão de edifícios. Essa nova ferramenta oferece uma resolução 30 vezes superior, abrindo caminho para uma melhor compreensão da distribuição de infraestruturas e seu impacto nas mudanças climáticas.

A pesquisa também fornece dados para avaliar a demanda de emissões de CO2, gerenciar áreas verdes urbanas e analisar riscos como inundações e terremotos, auxiliando na prevenção de seus impactos.

Detalhes e Aplicações do Mapa

O GlobalBuildingAtlas foi criado com um modelo tridimensional simplificado chamado “LoD1” (Level of Detail 1). 97% dos edifícios possuem um alto nível de detalhamento, com cada estrutura apresentando uma resolução de 3×3 metros. Isso permite estimar a altura, volume e densidade de cada prédio de forma digital.

A alta precisão do mapa abrange regiões menos mapeadas, como partes da África, América do Sul e áreas rurais. A inclusão desses novos territórios possibilita a análise de dinâmicas de desigualdade e vulnerabilidade social nas áreas urbanas.

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Indicador e Desenvolvimento Sustentável

O estudo introduz um novo indicador: o volume de construção per capita, que representa a massa total de edifícios em relação à população de uma região. Este indicador pode ser fundamental para promover o desenvolvimento urbano, ajudando as cidades a se tornarem mais inclusivas e resilientes.

Os pesquisadores esperam que o GlobalBuildingAtlas seja utilizado por autoridades governamentais para o planejamento de novas moradias ou instalações públicas, como escolas e hospitários, especialmente em áreas desfavorecidas. O mapa 3D pode ser um recurso valioso para um futuro mais sustentável e equitativo nas cidades.