Gleisi critica Selic em 15% e acusa Banco Central de manter juros altos
Luiza Prado critica decisão do Banco Central de manter Selic em 15% e exige postura do setor produtivo para pressionar o BC.

Críticas da Ministra Gleisi Hoffmann à Taxa Selic
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), manifestou sua discordância em relação à manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, em uma declaração feita na segunda-feira, 13 de outubro de 2025.
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Gleisi Hoffmann argumentou que a decisão é equivocada e solicitou uma reação do setor produtivo, que, segundo ela, deveria exercer pressão sobre o Banco Central e seu presidente, Gabriel Galípolo.
Ao ser questionada sobre a alinhamento do Banco Central com os interesses do governo, a ministra afirmou que o órgão possui autonomia.
Reiteração de Críticas e Acusações
A ministra declarou que havia feito críticas semelhantes anteriormente e reiterou sua avaliação como equivocada. Segundo Gleisi Hoffmann, Galípolo continuou a escalada de juros iniciada pelo ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que implementou políticas de “terrorismo fiscal”.
“Nós não temos interferência no que ele faz. Essa taxa de juros estratosférica que está aí começou incentivada pelo Roberto Campos Neto, que fez terrorismo fiscal: ‘As contas não estão em dia, tem que aumentar os juros’”, disse Gleisi Hoffmann ao SBT.
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A ministra enfatizou que a taxa de juros elevada prejudica o desenvolvimento econômico do país e não está em consonância com os parâmetros da economia brasileira.
Solicitação de Pressão do Setor Produtivo
Gleisi Hoffmann ressaltou que, apesar da inflação estar controlada e o dólar em baixa (devido à economia americana e mundial), a taxa de juros elevada é desfavorável para o setor produtivo brasileiro.
A ministra solicitou que o setor financeiro exerça pressão sobre o Banco Central para que a taxa seja reduzida.
Contexto da Decisão do Banco Central
A decisão unânime do Banco Central, tomada em 17 de setembro, manteve a Selic em 15% ao ano, posicionando o Brasil como o segundo país com o maior juro real do mundo, conforme levantamento da MoneYou. A CNI também classificou a decisão como “injustificada”, argumentando que a taxa “agrava o sufoco do setor produtivo” e é “estratosférica”.