Gladson Cameli, governador do Acre, é condenado a 25 anos e 5 meses de prisão por crimes de corrupção e organização criminosa. Julgamento adiado para 2026.
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu, na quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, a condenação do governador do Acre, Gladson Cameli, a 25 anos e 5 meses de prisão. O julgamento ocorreu em decorrência de crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
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O ministro Andrighi também votou pela perda imediata do cargo de governador.
O julgamento foi adiado devido ao pedido de vista do ministro João Otávio Noronha, com previsão de retomada em 2026. A análise não seria concluída em 2025, conforme antecipado pelo Poder360. O Tribunal está em recesso no sábado (20 de dezembro), e o prazo para devolver o processo é de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30, mediante requerimento ao colegiado.
Isso pode resultar em um julgamento no final do primeiro trimestre de 2026.
O governador Gladson Cameli expressou dúvidas sobre a possibilidade de se defender sem acesso aos autos do processo, questionando a credibilidade da ministra Nancy Andrighi. Ele mencionou um recurso apresentado em novembro de 2025, às vésperas do julgamento, e apontou para um “circo” que surgiu após a manifestação do Supremo Tribunal Federal.
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O governador também criticou a ausência de formulários nos autos, que comprometem o direito de defesa.
O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou o envio dos dados antes do julgamento, para que seja possível um estudo pela defesa. O julgamento foi adiado para 3 de dezembro e depois para esta 4ª feira (17.dez).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) detalhou o esquema criminoso, que envolveu a adesão da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do Estado do Acre a uma ata de registro de preços vencida pela empresa Murano, que não tinha estrutura física no Acre.
A empresa, que executou grandes obras rodoviárias por meio de companhias subcontratadas, tinha como sócio Gladson Cameli. A denúncia da PGR também mencionou a existência de uma Sociedade em Conta de Participação entre a Murano e a Rio Negro Construções, para que o irmão do governador permanecesse oculto, conforme a lei.
Gladson Cameli cumpre as vedação ao contato com testemunhas e demais investigados; proibição de deixar o país; entrega do passaporte; e bloqueio de bens e valores.
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