A posição contrária da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia, pode impedir a assinatura do tratado, que estava prevista para o sábado (20) na Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, Paraná. A mandatária italiana declarou que a assinatura do acordo neste momento seria prematura, argumentando que a União Europeia necessita de garantias adequadas de reciprocidade para o setor agrícola.
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A expectativa de que o Parlamento Europeu aprovasse salvaguardas, que reforçariam a proteção ao agro da UE, não conseguiu destravar a aprovação no Conselho Europeu. A postura de Meloni, que exige mais tempo para debater a proteção do setor agrícola, frustra a expectativa de assinatura em Foz do Iguaçu.
Impasses nas Negociações
Inicialmente, o Conselho Europeu previa a votação do acordo até quinta-feira (18). Para a aprovação, era necessário o apoio de 55% dos países (15 dos 27), representando pelo menos 65% da população do continente. A assinatura do acordo daria o mandato para que a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, viajasse a Foz do Iguaçu para assinar o tratado.
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Salvaguardas e a Posição da Itália
O Parlamento Europeu aprovou um regulamento que estabelece como a UE poderia suspender temporariamente as preferências tarifárias na importação de produtos agrícolas sensíveis do Mercosul, como aves e carne bovina, caso as importações sejam consideradas prejudiciais aos produtores da UE.
A aprovação do regulamento, que previa umaumento de 5% nas importações ao longo de três anos, para que a UE pudesse iniciar uma investigação, foi vista como um passo importante para destravar o acordo.
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