Ghia Investimentos: Antecipar queda da Selic supera espera e traz mais retorno

Ghia Investimentos alerta: antecipar queda da Selic supera esperar! Estudo mostra que investir antes da redução das taxas gera maior retorno

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(Imagem de reprodução da internet).

Otimização de Portfólio em Cenários de Queda de Juros

A perspectiva de uma redução nas taxas de juros, como a Selic, frequentemente gera expectativas de valorização nos mercados financeiros. No entanto, um estudo recente da Ghia Investimentos revela que a estratégia de esperar o momento ideal para investir pode resultar em oportunidades perdidas.

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A análise, baseada em ciclos de queda da taxa Selic entre 2008 e 2025, demonstra que a antecipação da movimentação no portfólio de investimentos pode gerar um retorno superior ao da estratégia de espera.

Antecipação vs. Espera

O estudo comparou duas estratégias teóricas: uma carteira cautelosa, composta exclusivamente por títulos atrelados à taxa CDI, e uma carteira diversificada, que incluía ativos em bolsa, renda fixa e crédito, seis meses antes do início do ciclo de queda da Selic.

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Os resultados revelaram que a diversificação antecipada superou a estratégia de espera, gerando um retorno médio superior.

A carteira cautelosa acumulou um retorno médio de 19,73%, enquanto a carteira diversificada alcançou 22,62%. Isso representa uma diferença de 2,89 pontos percentuais em rentabilidade total ao investidor cauteloso. A espera, portanto, custou 3,49% a menos ao ser montada no dia do corte em vez de 6 meses antes.

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Ciclos Históricos

A análise considerou cinco ciclos de queda da taxa Selic, marcados por contextos macroeconômicos específicos. Esses ciclos incluem o início de 2009, após a crise financeira global; setembro de 2011, um período de questionamento sobre a credibilidade do Banco Central; outubro de 2016, durante a recuperação da crise econômica doméstica; agosto de 2019, quando o país alcançou mínimas históricas da taxa básica de juros; e agosto de 2023, no cenário de normalização pós-pandemia.

Historicamente, o mercado de ações tende a “andar de lado” no ano seguinte ao início do ciclo de baixa, com a maior parte do retorno sendo entregue na fase de expectativa. Títulos atrelados à inflação (IMA-B) e pré-fixados (IRFM) também se beneficiam da antecipação, mas conseguem entregar algum retorno positivo após o corte, ao contrário da bolsa, que praticamente fica estagnada.

Riscos e Considerações

Apesar das vantagens da antecipação, o estudo destaca que a qualidade do corte de juros é crucial. Se a queda da Selic for motivada por pressão política, em vez de fundamentos econômicos sólidos, os ativos de risco podem se deteriorar, mesmo com a queda das taxas.

Um exemplo histórico é o ciclo iniciado em setembro de 2011, quando a decisão do Banco Central gerou desconfiança sobre a autonomia técnica da instituição.

Em resumo, a análise da Ghia Investimentos reforça a importância de considerar o contexto econômico e a credibilidade das decisões do Banco Central ao tomar decisões de investimento em cenários de queda de juros.

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