Renúncia do Chanceler Argentino Valoriza Mudanças no Gabinete de Milei

O chanceler da Argentina, Gerardo Werthein, apresentou sua renúncia ao presidente ultraliberal Javier Milei, conforme divulgado pela imprensa local nesta quarta-feira (22). A entrega formal da renúncia ocorreu na noite de terça-feira (22), com data para ser efetivada na próxima segunda-feira (27), em um momento que antecede as eleições legislativas.

A renúncia ocorre em meio a uma grave crise financeira, marcada por uma intensa desvalorização da moeda e uma corrida cambial persistente, apesar do apoio financeiro bilionário do governo de Donald Trump ao seu aliado, Javier Milei. A situação econômica tem gerado grande instabilidade no país.

Alinhamento com EUA e Israel Durante o Mandato de Werthein

Durante seu ano à frente da Chancelaria, Gerardo Werthein implementou uma política de alinhamento com os Estados Unidos e Israel, uma estratégia considerada prioritária pelo presidente Milei, que os vê como seus principais aliados. Essa postura tem sido central na condução da política externa argentina.

Críticas e Falta de Apoio Presidencial

Werthein assumiu o cargo em outubro de 2024, sucedendo Diana Mondino, que foi removida após votar a favor do levantamento do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba nas Nações Unidas. Nas últimas semanas, o chanceler enfrentou críticas nas redes sociais, provenientes de apoiadores de Milei, devido ao resultado da reunião bilateral de 14 de outubro entre os presidentes argentino e americano. Fontes anônimas indicaram que Werthein esperava um apoio mais forte do presidente Milei, mas não recebeu.

Contexto da Renúncia e Próximas Eleições

A renúncia de Werthein ocorre em um momento crucial, com as eleições legislativas se aproximando. A expectativa é que Javier Milei realize mudanças significativas em seu gabinete após o resultado das eleições, buscando consolidar sua base de apoio e definir as prioridades do governo.

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