Galípolo avalia críticas de Haddad e Ceron sobre Selic como “luxuosas” e poupa Lula do BC

Ministro da Fazenda critica taxa de 15% e poupa críticas ao Banco Central

25/09/2025 18:23

2 min de leitura

DF - BRASÍLIA, SABATINA DE GABRIEL GALÍPOLO NO SENADO - POLÍTICA - DF - BRASÍLIA - 08/10/2024 - BRASÍLIA, SABATINA DE GABRIEL GALÍPOLO NO SENADO - O diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Gabriel Galipolo, indicado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para dirigir o Banco Central do Brasil, participa de uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal do Brasil em Brasília, Brasil, em 8 de outubro de 2024. 08/10/2024 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
DF - BRASÍLIA, SABATINA DE GABRIEL GALÍPOLO NO SENADO - POLÍTICA...

Declarações do Ministro Haddad Sobre a Política Monetária Consideradas “Luxo” pelo Presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, manifestou seu apoio às recentes declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a política monetária. Em entrevista coletiva, Galípolo classificou as falas do ministro como um “luxo”, destacando a delicadeza e a educação demonstradas nas discussões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Galípolo, que já foi secretário-executivo da Fazenda na gestão de Haddad, elogiou a postura do ministro, ressaltando a importância de que diferentes perspectivas sejam consideradas na definição da política monetária. Ele enfatizou que o BC tem autonomia para questionar e propor alternativas.

Em um momento de avaliação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), Haddad havia afirmado que a taxa Selic em 15% não era “justificável” e que os juros deveriam cair. O ministro também elogiou o trabalho do Banco Central, reconhecendo o momento de “crise” em que Galípolo assumiu o cargo.

O presidente do Banco Central reforçou a importância da autonomia do BC, afirmando que mesmo questionamentos e discordâncias com a autoridade monetária são legítimos. Ele explicou que o BC busca constantemente o feedback de economistas, como os que respondem ao Focus, para aprimorar suas decisões.

Reações e Autonomia do Banco Central

A declaração de Galípolo surge em um contexto de debates sobre a política monetária e a relação entre o Banco Central e o Ministério da Fazenda. A autonomia do BC é um tema central, visando garantir a independência do Banco Central na condução da política monetária.

Leia também:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O apoio de Galípolo a Haddad pode indicar uma tentativa de suavizar tensões e promover um diálogo mais construtivo entre as instituições. No entanto, a questão da autonomia do BC continua sendo um ponto de discussão e debate no cenário econômico brasileiro.

Repercussão e Contexto Econômico

As declarações do ministro Haddad e do presidente do Banco Central ocorrem em um momento de incertezas na economia brasileira. A taxa Selic elevada tem gerado preocupações em diversos setores da economia, e o debate sobre o futuro da política monetária é acompanhado de perto por empresários, investidores e analistas.

A busca por um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico é um desafio constante para o Banco Central, e as declarações recentes refletem a complexidade desse processo. A autonomia do BC é fundamental para garantir que o Banco Central possa tomar decisões com base em seus critérios técnicos, sem pressões políticas.

Autor(a):