Fux argumenta a favor da revogação do processo penal contra os envolvidos, em razão da suposta “incompetência do STF”

Fux também se manifestou discordando da segunda preliminar, que trata da incompetência da Primeira Turma.

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou a anulação “por incompetência absoluta” do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais réus pela acusação de tentativa de golpe de Estado.

Fux recebeu outra manifestação das defesas, defendendo, portanto, que, em sendo julgado na esfera federal, a ação penal em questão deveria ser remetida ao plenário da Corte por se tratar de ex-presidente da República.

O plenário do Supremo Tribunal, instância de deliberação mais importante da mais alta corte do Poder Judiciário brasileiro, tem como missão julgar os ocupantes de cargos mais elevados e de maior relevância do país. Ao rebaixar a competência originária do plenário para uma das turmas, estaríamos silenciando as vozes de ministros que poderiam exteriorizar sua forma de pensar sobre os fatos a serem julgados nesta ação penal.

O ministro também divergiu em relação à segunda preliminar, que trata da incompetência da Primeira Turma e da competência do plenário do Supremo Tribunal Federal para julgar o caso. “A competência para o julgamento do Presidente da República [Jair Bolsonaro] sempre foi e continua sendo o plenário da Casa. Dizem os senhores que é ex-presidente, mas está sendo julgado como tal, porque se não se é ex-presidente, deveria ir para os juízes de primeiro grau, mas está sendo julgado como presidente. Se está sendo julgado como se presidente fosse, essa ação deveria se iniciar no pleno do Supremo Tribunal Federal”, declarou Fux.

Na terça-feira (9), o ministro já havia indicado que divergiria dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que votaram a favor da condenação dos réus e afastaram todas as preliminares colocadas pela defesa, como a suposta incompetência do STF. “Vossa Excelência está votando nas preliminares. Eu vou me reservar o direito de me manifestar sobre elas na oportunidade em que for votar. Desde o recebimento da denúncia, por uma questão de coerência, sempre ressalvei que fui vencido nas posições. Só acho que voltarei a esse ponto. Muito embora, assim como Vossa Excelência está votando de forma direta [no mérito], eu também votarei diretamente, mas abordarei também as questões preliminares”, disse na ocasião.

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Fonte por: Brasil de Fato

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