A França e a Espanha apresentaram visões distintas sobre o acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul. A França, representada pela ministra Annie Genevard, manteve sua oposição ao texto atual, mesmo com a expectativa de aprovação da maioria dos países da UE.
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Genevard ressaltou que o Parlamento Europeu ainda precisará se manifestar na próxima primavera, e que o apoio de Paris não é garantido, mas a França continuará a lutar contra a formulação do acordo.
Tentativas de Negociação e Exigências Francesas
O governo francês tentou formar uma minoria de bloqueio e negociar alterações com a Comissão Europeia, sem sucesso. A França exige a inclusão de uma cláusula de salvaguarda para impedir a entrada maciça de produtos do Mercosul, além de cláusulas espelho que obriguem a conformidade de toda a produção importada com as normas sanitárias e fitossanitárias da União Europeia.
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Também demanda um controle alfandegário rigoroso para garantir o cumprimento dessas exigências.
Posição Espanhola: Importância do Acordo
O ministro espanhol Luis Planas, em Istambul, defendeu a assinatura do acordo UE-Mercosul, considerando-o um sinal econômico e político relevante, especialmente em um contexto de instabilidade global. Planas enfatizou o interesse da Espanha em eliminar tarifas para exportar azeite de oliva e vinho para o Mercosul.
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Considerações sobre Preocupações e Salvaguardas
Planas reconheceu as preocupações do setor agrícola europeu, mas argumentou que os produtos sensíveis representam apenas uma pequena parcela do consumo da UE. Ele mencionou as salvaguardas previstas no acordo e a criação de um fundo de compensação de aproximadamente 1 bilhão de euros, destinado ao orçamento da UE após 2027.
Conclusão
Diante da complexidade das negociações e das diferentes perspectivas, a assinatura do acordo UE-Mercosul até o final deste ano e sua entrada em vigor o mais rápido possível, permanecem dependentes da capacidade de conciliação entre os interesses das partes envolvidas.
