Estudo Revela Estratégia Evolutiva em Formigas
Uma nova pesquisa sobre a evolução das formigas identifica um padrão surpreendente: colônias maiores exibem uma redução na proteção individual de suas operárias. Em vez de investir em cada indivíduo, as espécies concentram-se na produção de um grande número de operárias com menos proteção.
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A pesquisa, publicada em 19 de dezembro, analisou dados de diversas espécies para entender essa dinâmica evolutiva.
Os cientistas avaliaram a espessura da cutícula, uma camada externa que protege os insetos de predadores, microrganismos e variações climáticas. Descobriram que colônias maiores tendem a apresentar operárias com cutículas mais finas. Essa característica indica uma menor alocação de recursos por indivíduo, permitindo a produção de um número maior de operárias dentro do mesmo ambiente.
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A redução na produção da cutícula representa uma estratégia de “redução de custos” que otimiza o uso de recursos. As formigas conseguem direcionar mais energia para a criação de um grande contingente de indivíduos, o que se mostra vantajoso em espécies que dependem de um grande número de operárias para coleta de alimentos, defesa do ninho e exploração de territórios.
A análise também considerou fatores como dieta e clima, mas o tamanho da colônia se mostrou o principal fator associado à variação na espessura da cutícula. Colônias maiores priorizam a quantidade, mesmo que isso resulte em operárias mais vulneráveis individualmente.
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Essa estratégia evolutiva pode ter sido crucial para a adaptação a ambientes com escassez de recursos e impulsionado a diversificação das espécies ao longo do tempo.
O estudo oferece uma nova perspectiva sobre como sociedades complexas de insetos equilibram a proteção individual com o sucesso coletivo. A escolha de ampliar as colônias com indivíduos menos protegidos, mas mais numerosos, pode ter sido um passo fundamental na evolução social das formigas.